[MÚSICA] Vamos falar de método para a gente desenvolver soluções para nossas empresas. Pode ser produto, pode ser serviço, pode ser serviço e produto, tudo voltado àquelas assinaturas que a gente tem comentado como modelo de negócio. E o mais importante é a gente ter método de referência, pode ser aplicado na sua empresa, adaptado, enfim, mas vamos olhar para dos métodos que eu acho que faz bastante sentido. Ele é baseado no livro da Linda Gorchels, sobre gerenciamento de produto. E podemos falar de gerenciamento de produto, ou gerenciamento de solução, ou de serviço. Dá para aplicar essas técnicas da mesma maneira. Óbvio, faz algumas adaptações, mas aí dá para aplicar no modelo de negócio que você tem na sua empresa. E por que é importante seguir método? Porque a gente vai através de etapas formalizadas, envolvendo pessoas diferentes, envolvendo equipes diferentes que possam aportar a informação para que esse produto vá sendo desenvolvido. Este método aqui ele traz sete etapas. Então vamos passar por cada uma delas para a gente poder ver como a gente pode aportar valor para nossa empresa através desse ciclo. Então o primeiro passo é a gente estruturar ciclo de vida. Então todo produto ou solução tem que ser desenvolvido, tem que ser pensado, você desenvolve, coloca mercado e depois ele tem que ser descontinuado determinado momento. Tecnologia, por exemplo, a gente pode fazer uma versão dele e tal, ou ele pode ser uma tecnologia antiga que tem que ser descontinuada, não faz sentido mais vender nem fazer suporte porque ela simplesmente acabou. Então ter essa consciência inicial de que é ciclo de vida é fundamental. E tem que praticar também a arte do desapego muitas vezes. Mas fui eu que fiz. Esse produto é meu. Essa solução foi foi o meu time que fez. Tem certas horas que a gente tem que falar "Olha, acabou. Não dá mais, isso aqui não funciona. Próximo. Vamos seguir frente". E a hora que a gente estrutura o ciclo de vida, a gente estabelece o que a gente chama de gates, ou portões, ou pontos de decisão. E por que isso é importante? Para que a gente não faça o gasto de esforço igual para todo tipo de ideia que nós tivermos dentro da empresa. As pessoas normalmente são criativas, tem ideias boas e tem as atividades que elas querem fazer, só que não dá para tratar todas as ideias da mesma maneira, você tem que fazer apostas, os recursos são finitos. Dinheiro é finito, você tem o número X de pessoas que podem ser alocadas, você tem tempo das pessoas, tempo do mercado para a gente levar a solução. Então estabelecer esses pontos de controle ao longo do tempo desse ciclo de desenvolvimento é fundamental. Não deixem de fazer isso, senão você acaba trabalhando todas as ideias e acaba perdendo o foco. Então estruture esse ciclo de vida, como por exemplo, olhando crescimento das atividades. Então eu estou olhando etapas que eu estou falando "Isso aqui é uma etapa de ideação, que eu estou criando a ideia". Depois eu passo por esse gate, falando que eu vou seguir. Eu posso olhar para essa ideia do mesmo jeito e falar "Bom, agora eu preciso construir protótipo, preciso dar forma para ele, ver que retorno de investimento, colocar mais informações. Legal". Vamos fazer outro gate e falar "Beleza. Dá retorno. Beleza. Okay". Segue para a próxima. Faço protótipo, já começo a envolver cliente para ouvir feedback real, posso pegar aquele grupo de clientes amigos "Estamos desenvolvendo aqui uma coisa nova. Você não pode me dar seu feedback, o que que você acha? Está muito caro, está muito ruim, muito mal feito". Ótimo, tudo isso realimenta ali e de novo eu decido, vou levar isso a mercado ou eu paro ali? E lá na frente decidir se eu paro com esse produto, deixo de fazê-lo, não vendo mais, ou se eu dou uma reciclagem nele, faço uma remodelação, enfim, o que eu faço. O segundo ponto é o modelo de decisão, que a gente vai olhar como eu chego às conclusões que eu preciso. Eu posso fazer isso através de ciclo de melhoria contínua, mas o mais importante é gerar as ideias com grupo diverso de pessoas. Não adianta eu sentado no meu laboratório escuro, fechado e falar "Essa aqui é a melhor ideia do mundo". Ouvir outras pessoas, ouvir clientes, ouvir mercado, ouvir diferentes áreas para que possam dar opiniões desde o início e começar a fazer análises sérias cima dessa ideia. Depois do brainstorm, depois do levantamento de informações é falar "Bom, como é que é o modelo disso aqui, quanto de dinheiro vai vir, como é que funciona?" e tomar uma decisão. Parece simples, mas assim, tem que levar frente, tem que ter essa coragem de negócio, vamos para a frente, vamos assim mesmo. Porque senão você corre o risco de ficar travado numa análise. Não espera aí, faltou tal informação, faltou tal outra. Sem essa informação não dá para a gente seguir adiante. Eu participei de ciclo de desenvolvimento de uma vez que nós passamos praticamente cinco, seis meses as pessoas tentando coletar mais informações e que era melhor a gente ter feito teste prático, ou simplesmente matado a ideia. A gente acabou gastando muito tempo. Não deixe essa paralisia acontecer com a sua ideia. Decida e faça o ciclo de melhoria contínua ali dentro. Como eu falei no ciclo de vida, protótipo, testou, não está bom, faz de novo. O terceiro ponto são os modelos de negócio que servem para nós entendermos como a gente vai levar a mercado, como a gente cobra e principalmente olhar quais são essas possibilidades e qual é o retorno esperado. Então eu vou cobrar isso através de uma assinatura, vai ser mensal, vai ser por entregas, vai ser uma vez por ano e trazer, incorporar esse modelo de negócio já desde o início no produto. Contrapartida, eu vou ter o meu modelo de custos, que eu tenho que avaliar o quanto vou gastar para fazer, versus o que eu estou recebendo do cliente, ou dos clientes, quantos clientes eu preciso ter e assim por diante para fazer com que a conta feche. O ponto quatro, é inteligência de mercado, é coletar informações que deem robustez à essa análise. Então de novo, não estou fazendo do meu laboratório, sentado, sozinho. Estou escutando o mercado, vendo tendências, vendo concorrências, outros tipos de demanda de clientes para trazer essas informações a tempo e incorporar no desenho da minha solução. O quinto ponto faz com que a gente estabeleça o roadmap e pontos de inovação. Então pode ser periódicos, pode ser uma atividade desde que seja uma atividade regular e faça parte do desenvolvimento da solução ao longo do tempo. Mas ela já está na rua, já está vendendo. Ótimo. Você precisa continuar desenvolvendo, senão você fica para trás. Colher os dados de mercado, seja através de ferramentas, através de redes sociais, através de telemetria, dentro de uma solução de tecnologia, ou simplesmente perguntando, fazendo pesquisa para os seus clientes é fundamental para direcionar esse roadmap, senão você cai no erro de deixar só na mão de, vamos dizer, dos Engenheiros bolando novas funcionalidades e aí você pode estar se descolando dos interesses do mercado. O sexto ponto são os business cases, que você faz aquelas análise de retorno de investimento, retorno da experiência ao longo da vida do produto para ter certeza que você pode seguir o desenvolvimento, ou que você tem que continuar com o produto ou com serviço, ou você deveria parar de vendê-lo porque ele não fecha a conta mais. E o gerenciamento, finalmente o sétimo ponto, gerenciamento do ciclo de vida é onde a gente dá fechamento aquela estruturação que a gente deu inicialmente e vai fazendo uma avaliação contínua ao longo da vida do produto, de falar "Bom, esse produto ele é muito difícil, ele é muito caro", eu vou fazendo alguns parâmetros de informação para poder julgar qual é a decisão que eu tenho que tomar sobre ele. De novo, continuidade, remodelação, o que eu vou fazer? Refazer, jogar fora, parar de fazer esse e vou fazer outro, procurar produto equivalente de parceiro e vender o dele. Enfim, essas possibilidades. Ao seguir esses sete passos, essas sete estruturas que nós vimos, você da robustez a solução, você trouxe voz do cliente, trouxe feedback real, trouxe time diverso para trabalhar nas ideias, provou o seu ponto comercialmente que é viável, quantos clientes você vai precisar perseguir, para quantas pessoas você vai precisar vender o produto ou serviço. Enfim, todas essas coletâneas de informações que faz com que o produto nasça e seja mantido ao longo da vida dele de uma maneira forte. Esse desenvolvimento é trabalho equipe, você tem que trazer equipes multidisciplinares sempre que possível. Comece pela ideação, mas traga diferentes pontos de vista. Até o cliente pode estar envolvido aí já. Como eu falei, cliente amigo, aquele que está a fim de desenvolver coisas novas com você. Traga esse feedback, traga feedback de mercado. Nada mais importante ou nada mais real do que a voz de alguém que usa efetivamente o seu produto, a sua solução e falar que aquilo não está funcionando. aquilo está sendo uma barreira. Ótimo, corrija ali e teste na prática, comece, não fica fazendo só análise, análise, análise. Poxa, mas falta isso, falta aquilo, tem concorrente. Testa. Faz. É aí que a gente coloca esse protagonismo de negócio, da nossa da nossa empresa, ou do que a gente está querendo fazer para fora. Mas não é produto direto para cliente, é de uma área. Eu estou fazendo para minha área e para as outras. Ótimo, também faça desse jeito, convide as outras áreas para participar de uma maneira multidisciplinar. E antes de começar use os Sete Ps para definir as ideias, as concepções do serviço que você quer desenvolver. Então compartilhando a informação com todos. O produto, o que ele é O processo, as etapas que eu preciso seguir para desenvolver e entregar o serviço, quais são as pessoas que vão receber esse serviço as evidências físicas, é P que é Physical Evidence inglês, é por isso que está aqui na lista dos Ps, é uma prova que você entrega esse serviço, pode ser relatório, pode ser feedback, questionário, enfim, alguma coisa que prove que o serviço foi realizado para dar tangibilidade, para a pessoa sentir que ela recebeu o serviço e lembrar disso e você poder falar sobre isso e ter as análises críticas. Como vai ser promovido o serviço ou produto. Se vai ser uma divulgação, comunicação no rádio e TV, internet, ou se vai ser boca a boca dos clientes que já estão na base, enfim. O ponto de venda, os canais, você que vai vender sempre direto, você vai ter vendedores, você vai ter representantes comerciais, vai ser distribuído através de canais, qual é essa estratégia. E a precificação, que é a estratégia de como você vai posicionar o seu preço no mercado. Pode ser preço super alto para atrair uma gama de clientes que estão afim de investir algo caro, mas novo, ou vai ser freemium, que você dá grátis num período de tempo e depois faz a promoção e vai passar a cobrar dali a dois, três meses. enfim. Esses 7Ps ajudam a formalizar o que é o seu produto ou seu serviço e quais são as características dele para você poder levar a mercado. [MÚSICA]