[MÚSICA] Saudações a todos! [MÚSICA] Nesta lição, nós vamos continuar o nosso estudo de aprofundamento sobre rotulagem de produto cosmético. Nós vamos dar ênfase na comunicação utilizada rótulos. Nas lições passadas, nós aprendemos pouco a ler, identificar, os ingredientes; e identificar, reconhecer, a funcionalidade desses ingredientes; e o papel deles na composição do meu produto cosmético. Nessa, a gente vai dar foco para os elementos de comunicação que são expressos rotulagens de produtos cosméticos associados, principalmente, a sua proposta de comunicação benefício. Bom, quando a gente fala benefícios de produtos cosméticos que são alegados rotulagem ou qualquer meio de comunicação associado ao meu produto cosmético. Internet, folders, infográficos de determinado produto. Eu estou falando 'claims'. Então, o que são Claims? São instrumentos argumentativos, muitas vezes, que expressam benefícios relacionados ao uso do produto que está presente na comunicação e embalagens de produtos cosméticos. Servindo como elementos de mediação entre estes e o consumidor; ou seja, ele permite estabelecer o meu elo de conexão entre o que o meu produto oferece e o que o consumidor espera ter como benefício associado a esse uso, ou aquisição, desse produto cosmético. Então, ele estabelece essa rede. Claim estabelece uma rede entre o que o meu produto está ofertando versus o que o meu consumidor, de fato, vai ter como resposta. É imperativo e precípuo que claim seja passível de comprovação, então, todo elemento de comunicação que oferta benefício para o consumidor. Eu preciso ter o elo de comprovação para, de fato, caracterizar claim. De uma maneira geral, os elementos de comunicação claim, ou não claim, eles podem ser caracterizados e classificados algumas categorias que eu vou apresentar para vocês. Nós temos apelos de comunicação relacionados a sensorialidade. E daí, aqui nós temos elemento como claim, porque eu preciso comprovar. Nós temos os apelos funcionais que eu também tenho uma necessidade de comprovação. Então, é claim verdadeiro. Os elementos de comunicação relacionados ao ingrediente, ou aos ingredientes, então, a declaração da presença de ingredientes. Então, eu preciso comprovar a presença uma vez que eu declaro. Então, também caracteriza claim. E, também, nós temos as estratégias, ou elementos, de comunicação que não se classificam como claim. Novamente, eles são expressões de comunicação, sentenças de comunicação, muitas vezes, lúdica, muitas vezes, alusivas a entendimento poético para trazer, então, código de linguagem de produto, ou código de linguagem de uma determinada marca. Falando pouco dos claims ou dos elementos de comunicação relacionados à sensorialidade. Muitas vezes, na rotulagem de muitos produtos com muitos materiais de divulgação de campanha de determinados produtos, vocês podem ouvir a seguinte sentença: "aprovado pelos consumidores."; 98%, a pele parece mais jovem; 90% dos consumidores... Ou pode citar uma comunicação direta assim como apresento aqui para vocês: "Sentem a pele renovada; 90% sente ou expressa a pele mais macia com a sensação de hidradata; 98% declara a pele mais viçosa." Então, quando nós temos essas declarações que são a expressão de acordo. O quanto o meu consumidor está acordo com essa sentença. Nós estamos falando uma pesquisa com consumidor. Então são atributos percebidos, de fato, e são declarados por teste, ou estudo, com o mercado consumidor. Então, eu vou, apresento esse produto, geralmente, dentro de painél amplo. Então, a característica desses testes sensoriais se concebe dentro de painel que tenham robustez numérica para ter uma significância do ponto de vista estatístico; e factível, mesmo, de generalização. Então, são painéis que giram torno de 120 voluntários, pelo menos. Alguns, pouquinho menor, dependendo da característica e do atributo avaliado que o consumidor pode fazer uso desse produto, seja por cinco, sete, vinte e oito dias, conforme recomendado. E, seguida, após a experimentação desse produto, o consumidor vai declarar o quanto ele está acordo, ou não, sentir determinados atributos. Então, você como consumidor sentiu a sua pele mais renovada? Você sentiu? Teve uma sensação de pele hidratada? E daí, você, o consumidor, o participante do estudo, vai declarar se ele está de acordo, se ele concorda que sentiu ou não sentiu essa propriedade. E daí, a partir disso, nós temos as expressões numéricas que derivam e acabam sendo utilizadas como estratégia de suporte de claim. E podem ser plausíveis de serem utilizadas como claim expresso pelo produto. É imperativo. É aquilo que o consumidor sente sempre. Nós temos atributos sensoriais relacionados a painél treinado, então, temos profissionais que se especializam e treinas suas habilidades táteis, ou suas habilidades sensoriais. Pode ser olfativa, de gustativa, relacionadas ao aspectos sensoriais. E daí, a partir disso, nós temos uma avaliação do produto. O quanto esse produto forma filme invisível, ou seja, ele não deixa resíduos. Não deixa aspecto oleoso para a pele. Não deixa resíduo branco na pele. É produto não pegajoso, então, tem escala de pegajosidade. E daí, os avaliadores vão elencar o quão pegajoso ele é, o quanto de resíduo ele deixa. Qual é a característica, ou dentro de uma escala, qual é o perfil de toque seco desta formulação também. São atributos, mas uma perspectiva de avaliação por painél mais técnico, que tem refinamento das concepções sensoriais de determinado produto. E por fim, nós temos alguns claims, também, que podem estar relacionados a algumas experiências que evocam as nossas emoções, ou evocam algumas características do nosso conceito holístico de bem estar propriamente dita. Então, sabonete que garante banho relaxante. Sensação de energia e vibração para a sua pele. Sinta o desperta da pele aplicando o produto x. Então, vejam que tudo evoca a partir da experiência sensorial, ele evoca alguma sensação, ele evoca alguma emoção ou algum comportamento relacionado a essa experiência bem estar propriamente dito. Temos outros claims como sensação de hidratação exuberante, pele megailuminada, pele com brilho avassalador. Então, esses atributos que também evocam algumas concepções de adjetivo ao atributo que é muito mais emotivo, que é muito mais associado a essa evocação da nossa sensorialidade, do nosso despertar das nossas características e concepções de experiências sensoriais. Então, vejam que todos esses atributos podem ser declarados, reportados, e devem ter sido devidamente comprovados, com métodos adequados. Seja por uma avaliação com consumidor, como nessa característica que eu elenquei nesse quadro, ou nesses últimos dois quadros, porque assim, de fato, quando eu evoco o meu emocional, eu preciso também ter isso atestado pelo meu consumidor. Ou tem atributos mais técnicos que eu posso validar com painél treinado, como formação de filme, aspecto oleoso, resíduo branco, a não pegajosidade, o toque seco. Então, são parâmetros mais mensuráveis do ponto de vista técnico. Quando a gente fala apelo funcional nós podemos pensar várias comunicações associadas a esse tipo de apelo. Quando o meu produto declara pele mais firme, combate aos sinais de envelhecimento, reduz manchas até 65%, pele mais firme e resistente, reduz rugas e linhas de expressão, preenche as camadas mais profundas da pele, hidrata a pele, reduz poros e controla a oleosidade. Esses são atributos atrelados à funcionalidade biológica do meu produto. E dessa forma, nós temos que comprovar. Usualmente, esse tipo de alegação está associado com a avaliação e comprovação por método de eficácia clínica e instrumental. Eu pego o meu produto e coloco dentro de painel clínico, de estudo clínico e vou fazer o acompanhamento. Então, se eu vou avaliar a oleosidade, eu avalio a oleosidade num tempo inicial, após a instauração de regime de tratamento cosmético, de intervenção cosmética e, após x horas, após x quantidade de dias eu volto a analisar este parâmetro através dos instrumentos que já conhecemos e já falamos pouco ao longo das lições deste curso. Então, quando eu falo oleosidade eu vou avaliar com equipamento chamado de Sebumeter. Quando eu falo rugas e linhas de expressão tem equipamento que pode ser utilizado, o Vision ou uma análise de imagem, propriamente dita, Primus, equipamento que mensura, apresenta uma métrica robusta, sensível, capaz de identificar comportamento daquele fenômeno que eu quero investigar, no caso, uma ruga. Quanto eu tinha de extensão, profundidade dessa ruga no momento inicial e quanto eu vou ter isso ao longo do tratamento. Eu tenho instrumentos para mensurar isso, eu tenho formas de avaliar isso e podemos também fazer a avaliação clínica. Então, médico dentro de score pode fazer a avaliação da firmeza, da elasticidade da pele, do grau de ruga. Então, nós também temos a estratégia de uma avaliação clínica. De toda a forma é benefício, é uma declaração e ele precisa ser passível de comprovação e ter os elementos comprovatórios para isso. Nós temos os métodos de eficácia clínica comparativa, então, alguns benefícios como, por exemplo, pele duas vezes mais hidratada, eu estou comparando versus ao estado inicial. Então, eu tenho duas vezes mais hidratação, então, esse é bom hidratante. É exemplo de algo que dobrou o nível de hidratação da minha pele. Mas nós temos também alguns claims associados com pele dez vezes mais hidratada, é número muito expressivo, dez vezes mais. Muitas vezes, esse tipo de alegação vem a partir de uma análise comparativa. Eu comparo o meu resultado, da minha fórmula com a minha tecnologia, o meu ingrediente, a minha tecnologia é o meu complexo de hidratação versus a fórmula sem. Então, este complexo garantiu dez vezes mais hidratação. Geralmente, esse tipo de benefício vem associado a disclaimer, resultados comprovados versus a fórmula placebo. Ou o triplo de elasticidade e firmeza para a pele, então, também, elo comparativo, e sempre, quando não temos versus a condição inicial, geralmente, muitos rótulos nós observamos disclaimers. Alguns produtos capilares, dez vezes mais força para o seu fio. Imaginem que também nós temos elemento comparativo versus uma formulação sem agente condicionante ou sem agente que traga uma propriedade de reforço, propriedade de resistência, tensão e deformação do meu fio, por exemplo. E por fim, nós temos algumas comunicações associados a modelos in vitro ou ex vivo, estimula 80% a síntese de colágeno. Mais colágeno e elastina, o triplo de elasticidade e firmeza para a pele. Aqui, muitas vezes podemos associar isso aos métodos in vitro, estimula 80% a síntese de colágeno e nós temos como disclaimer, resultado comprovado modelo ex vivo, ou seja, eu fiz uma avaliação cultura celular, cultura ex plant. Então, ou apliquei o meu ativo, a minha formulação num modelo de cultura de célula, avaliei a quantidade de colágeno inicial e, depois desse tratamento, houve incremento de 80%. Ou propriamente dito, eu posso fazer uma avaliação da presença desse colágeno num modelo ex plant. Eu pego retalho cutâneo obtido a partir de uma cirurgia letiva por exemplo, que seria material de descarte, faço uma avaliação, uma aplicação do meu produto e evaliao o quanto é que houve de expressão dessa proteína, do colágeno, por exemplo. É interessante a gente identificar que algumas vezes se utiliza uma comunicação elencada a propriedade indireta. O triplo de elasticidade e firmeza associada à produção dessas proteínas. E mesmo assim, quando isso é utilizado, o fabricante, enfim, o responsável precisa declarar qual é o meio, a via de comprovação para esse tipo de atributo, se ele segue alguma particularidade que não seja a resposta clínica final. Vejam que muitas comprovações clínicas não ressoam disclaimer. Porquê? De fato, é aquilo que eu instauro, aquilo que eu identifico no voluntário, na condição real de uso, na condição final de uso. Quando eu falo alguns benefícios que estão associados a outras formas de avaliação que se distanciem do consumidor, do usuário final, eu preciso sinalizar isso. É uma condição bastante focada no mercado. Nós temos ainda as comunicações relacionadas com o ingrediente. Com toda a potência da vitamina C. Fórmula com toda a potência da vitamina C. Fórmula com manteiga de karité, potente hidratante. Ácido hialurônico e niacinamida, a fórmula tem mais ácido hialurônico e niacinamida. Com potente ação antioxidante da vitamina E. Fórmula enriquecida com glicerina. Nova fórmula com dez vezes mais antioxidante. Esse dez vezes mais é elemento sentencial comparativo, é dez vezes relação a algumas empresas, alguns rótulos a gente vê essa expressão de dez vezes mais associado sobretudo a outro, uma fórmula antiga, por exemplo. Então, eu tenho dez vezes mais essa concentração desse ativo. E nós temos as estratégias de comunicação que não se classificam como claim. São elementos de comunicação diversos, a "rotina magnífica para a sua pele", "sinta a sua pele", é elemento de evocação. "Sua pele, sua verdade." Tem sentido literário, de evocação, de chamado bastante interessante. "Seus cabelos merecem o melhor", "cuidado que nunca acaba" "liberte toda sua beleza", "sua beleza vista através da sua pele". Aqui são elementos de comunicação. Esses elementos não requerem, não há necessidade de comprovação. De fato, são elementos de comunicação que não se caracterizam como claims. Esses são alguns dos caminhos possíveis de comunicação que nós acabamos por identificar muitos rótulos e é interessante nós termos a clareza sobre de onde derivam esses elementos de comunicação. Isso acaba trazendo uma visão mais ampla, emancipada sobre os elementos de estudo. Quando nós estudamos os métodos de avaliação de eficácia, os métodos de avaliação e de diagnóstico pele, nós conseguimos identificar qual elemento pode ser utilizado para trazer esses elos de comprovação de benefício. E a partir do reconhecimento da funcionalidade do meu ativo, eu consigo pensar no melhor método a ser aplicado para eu ter uma expressão mais correta do benefício que eu vou declarar na rotulagem de produto. É isso. Ficamos por aqui. Fechamos essa lição de avaliação de rótulos e comunicação de produto cosmético. Espero que tenham gostado e nos vemos. Até mais. [MÚSICA] [MÚSICA]