[SOM] [MÚSICA] [MÚSICA] Oi, pessoal! Sejam bem vindos de volta! O tema de hoje é tema que eu considero assim extremamente importante, que é o tema da gestão financeira das instituições esportivas. Vocês todos que acompanham o esporte sabem que, hoje dia, esse assunto está pauta e fundamentalmente dá-se importância aos números não é? A situação financeira, o equilÃbrio financeiro, a responsabilidade da gestão financeira das nossas instituições esportivas. Vocês viram na aula do professor Ishikura o tema da contabilidade e essa questão da importância que se dá, esse cuidado com a parte financeira das instituições esportivas ela é recente, porque ela é proveniente, ela já surgiu a partir do momento que se passou a ser exigida a publicação dos balanços, justamente o que vocês viram na aula de contabilidade, e, a partir do momento que isso aconteceu, trouxe à luz, deu-se uma transparência à situação financeira de cada uma dessas instituições esportivas e, aà sim, esse assunto passou a ser debatido e entrou pauta. Mas a ideia dessa disciplina, é evidente que a gente vai passar por alguns conceitos, algumas técnicas, algumas ferramentas, mas ela transcende pouquinho a questão de simplesmente apresentar ferramentas financeiras e instrumentos de gestão financeira, porque isso pode ser obtido qualquer curso de gestão financeira genérico, independente de ser aplicado ou não ao esporte. Mas a gente transcendeu pouquinho isso, passar por algumas ferramentas, mas transcender pouquinho isso e discutir isso à luz das instituições esportivas e a prática, como que isso ocorre no dia-a-dia das instituições, dos clubes enfim, os dilemas que os gestores, os dirigentes dessas instituições têm que lidar, e que não são dilemas que ocorrem outras áreas. outras áreas de atividades mais tradicionais. Então, eu acho que essa discussão, esse debate mais particularizado relação à esfera esportiva é o que realmente interessa nessa nossa disciplina, de novo, tendo como pano de fundo alguns instrumentos de gestão financeira, mas não pretendo me aprofundar nesse sentido, justamente porque a gente pode obter isso de outras fontes mais tradicionais, além de outras leituras que eu vou indicar na verdade para que vocês possam se aprofundar ao assunto. Vamos começar então falando, na verdade definindo o que é gestão financeira justamente para a gente poder alinhar o conhecimento de todos vocês. Então, na verdade o gestor financeiro, a área da gestão financeira dentro de uma organização, seja ela qual for, esportiva ou não, ela tem como responsabilidade gerir de forma ativa qualquer tipo de assunto financeiro que surja dentro da organização. E quando se coloca de forma ativa, é justamente isso, é você atuando, utilizando instrumentos, ferramentas, técnicas para poder tentar selecionar, escolher os melhores caminhos e que façam mais sentido do ponto de vista financeiro, que tragam resultados mais satisfatórios do ponto de vista financeiro. E, como qualquer outra área de administração, as tarefas de quem faz gestão financeira passam justamente por planejar, por organizar, por executar e por controlar a atividade financeira da organização. Então essas quatro atividades, que são inerentes da da administração de forma genérica, de forma generalista, se aplicam então especificamente a uma área, que é a área da gestão financeira. Você deve se recordar, quando a gente falou de marketing por exemplo, que a gente falava da gestão de marketing era a mesma coisa. Então, é aquele cara que planeja, organiza, executa e controla as atividades de marketing. Isso valo para a gestão de pessoas quando a gente vai falar de gestão, então a gente fala das etapas da administração que casam nessa área, e vale também para a área financeira. Então é esse cuidado que se tem cumprir essas quatro etapas para ter uma gestão financeira mais eficaz. Quais são, o que abrange na verdade a atividade da gestão financeira? Então, primeiro o indivÃduo deve fixar objetivos e metas financeiras: onde eu quero chegar? Quais são os objetivos do ponto de vista financeiro com todas as ações que eu estou executando dentro da organização? Então, tem que ter o objetivo muito claro. Isso é inerente à atividade de gestão, seja qualquer área. Eu devo efetuar o planejamento orçamentário da organização e também do fluxo de caixa. Então, quais são as receitas? Quais são as despesas? Qual é o fluxo dessas entradas e saÃdas dentro da organização? Como é que faço para tentar manter equilÃbrio entre essas atividades tentando deixar o dia-a-dia financeiro da organização saudável? Também faz parte da atividade do gestor financeira avaliar possibilidades de investimento. Também traz inúmeras possibilidades de investimento que se apresentam para uma organização Ele tem que avaliar qual é a mais interessante, do ponto de vista financeiro, que pode trazer maior retorno. Eventualmente, pode representar risco aceitável dentro das expectativas da organização. Ele deve evidentemente analisar todas as possibilidades de financiamento [para fazer para viabilizar a operação da organização. Então ele tem que criar, identificar na verdade, selecionar as alternativas para financiar essa operação e evidentemente que ele deve depois acompanhar toda a execução desse planejamento financeiro, de forma que ele possa controlar se as coisas estão caminhando dentro da expectativa, dentro do esperado ou se houve algum desvio de rota e ele deve promover algum tipo de ajuste. Tudo o que eu estou apresentando aqui para vocês não é nenhuma novidade, claro isso está dentro, como eu falei para vocês, está dentro da responsabilidade de qualquer gestor de qualquer área, porque a atividade de gestão é assim: fixar objetivos, planejar, executar e depois controlar. Mas aqui a gente está dando arcabouço e apresentando isso dentro do que seria a atividade do gestor financeiro. Existe princÃpio econômico que deve, que permeia tudo o que inclui decisão financeira, e ele é particularmente importante, porque se o gestor financeiro deixar de considerar esse princÃpio econômico, provavelmente ele está incorrendo num equÃvoco, numa falha que pode comprometer o próprio equilÃbrio financeiro da organização. Esse princÃpio econômico é o princÃpio da análise marginal que ele tem que fazer e que diz que, na verdade, uma decisão financeira ela deve ser tomada somente quando os benefÃcios adicionais dessa decisão eles superem os custos adicionais dessa mesma decisão. Isso pode parecer simples e, de fato é conceito relativamente simples, mas de novo, se você deixar de considerar isso, você pode estar colocando toda a sua sustentabilidade financeiro risco. O quê que significa esse conceito? Vamos analisar agora sob a ótica esportiva e refletir se, de fato, as organizações tem tido essa preocupação. Quando eu faço por exemplo investimento numa arena esportiva, eu devo evidentemente tomar grande cuidado para saber se o poder, o potencial de geração de receitas e de resultados desse meu investimento nessa arena vai superar o próprio custo desse investimento. Evidentemente que isso também vai ter que levar consideração o prazo para se obter esse retorno e assim por diante. A mesma coisa vale para a contratação de atleta, por exemplo. Quando eu contrato atleta, o custo da contratação desse atleta, o valor que representou essa contratação, será que ele vai ser recuperado, a partir do momento que eu passar a utilizar esse atleta na minha equipe? E, considerando que a contratação, a utilização desse atleta vai me trazer resultados financeiros inclusive, a partir de por exemplo eu posso passar a vender mais ingressos ou vender mais camisas ou materiais que esse atleta esteja utilizando, eu posso atrair mais patrocinadores pelo fato de contratar esse atleta. Então vamos pensar num exemplo: quando o Ronaldo, o Fenômeno, foi contratado pelo Corinthians, esse é racional que tem que ter sido considerado, quer dizer, o custo da contratação desse atleta versus o potencial de geração de resultado pela utilização desse atleta. E aà vem aquela questão do tal do engenheiro de obra pronta, quer dizer, comentar depois que deu certo ou que deu errado, fica fácil mas, no momento de tomar esse tipo de decisão, e muitas vezes são investimentos volumosos e que envolvem grau elevado de risco, é bastante complexo. Mas esse conceito da análise marginal tem que estar sempre, tem que estar sempre presente. E outro aspecto que tem que ser considerado e que deve ser, eu acho importante a gente pontuar aqui, é, e que já foi colocado inclusive pelo professor Ishikura na aula de contabilidade. é a Ãntima relação que a gestão financeira guarda com a contabilidade, com os relatórios contábeis que são produzidos pela contabilidade. Inclusive o professor Ishikura deu, colocou uma certa, já deu uma introdução relação aos Ãndices financeiros não é? que são gerados a partir de relatórios da contabilidade, mas é justamente isso, a contabilidade ela tem uma responsabilidade muito grande captar, registrar, contabilizar e apresentar esses resultados financeiros, os resultados obtidos pelas operações financeiras por meio de relatórios organizados. E o gestor financeiro ele se utiliza desses relatórios, justamente para poder fazer a análise de desempenho da organização. Então, veja como há uma Ãntima relação porque, se relatório contábil for produzido com uma baixa qualidade ou com dados incertos ou duvidosos, enfim, isso pode produzir uma análise também equivocada do gestor financeiro e última análise, uma decisão equivocada, justamente por ter baseado essa decisão a partir de dados não confiáveis. Então veja como é importante você, a partir de relatório contábil bem elaborado, você vai ter que tomar decisões, vai chegar a conclusões, a partir da análise de desempenho da organização, chegar a conclusões de como que está a situação financeira da organização e, a partir dessas conclusões, tomar medidas para ajustar, para melhorar, enfim para dar novos rumos ou manter os rumos da gestão financeira da organização. Então essa Ãntima relação entre contabilidade e a gestão financeira ela tem que ser pontuada e ela é extremamente importante. A gente faz aqui então o nosso primeiro break, a nossa primeira pausa e a gente volta no próximo vÃdeo para dar continuidade ao assunto gestão financeira. Até já!. [SOM]