[MÚSICA] Essas novas tendências estão meio que juntas para tentar baixar os custos de TI e entregar mais valor. Essa é a visão. O ITIL, então, trazendo uma visão histórica, ele surge na década de 80, no Reino Unido, porque o governo do Reino Unido começou a achar que a TI estava muito cara. Na verdade, quando a gente saiu do mainframe, eles saíram do mainframe e foram para a baixa plataforma, parecia que os custos tinham caído e aí começou-se a observar que isso não era bem verdade, que os custos de TI estavam muito altos, havia muito pouco gerenciamento, as pessoas compravam computadores de forma aleatória, os investimentos equipamentos e servidores eram muito grandes e aí começou-se a achar que era preciso ordenar essa visão de IT de gestão. Aí surge o ITIL como uma biblioteca de infraestrutura que traz melhores práticas para essa área. Então, assim, o que é que aconteceu de fato? Uma tentativa de arrumar a casa já que o descontrole era total. Eu lembro de caso real, eu entrei numa grande empresa de telecomunicações e o cara quando foi me mostrar os departamentos e tal, ele descobria que cada departamento tava comprando computadores de forma isolada. Isso traz custo absurdo para a organização. Você perde escala, computadores que não tinham contratos de manutenção, etcetera e etcetera. Então, o que aconteceu foi choque de arrumação. O ITIL veio tentar trazer uma arrumação para isso tudo e entrega uma biblioteca de melhores práticas para tentar fazer com que as empresas funcionem melhor. Evidente que, por ser oriundo do Reino Unido, essas práticas exigem muito controle, muito processo, eles eles trabalham dessa forma e, às vezes, adequar isso para países como o Brasil não é tão simples. Então, a gente acaba meio que tendo muitas soluções de contorno, porque a gente não consegue usar totalmente o que se vende com essas bibliotecas. Mas de alguma forma o ITIL no Brasil avançou e hoje, qualquer organização que tenha TI, se você falar ITIL, as pessoas sabem do que se trata e tem algum instrumento relacionados ao ITIL. A primeira tendência então é pensar ITIL e ágil juntos. Ágil é uma forma de desenvolver software, que agora a gente tá falando até de gestão de projeto, onde você tem uma forma de trabalhar com pouco mais de agilidade, você não obedece o ciclo de vida tradicional da gestão de projetos e você trabalha com incrementos, gera produtos menos viáveis ciclos menores, você corrige o erro e avança. É uma forma diferente de pensar a gestão de projetos de TI e o ITIL tá aderente, porque ele deveria pensar também a infraestrutura para dar suporte a tudo isso. Então, ITIL e Ágil faz muito sentido, não são excludentes, pelo contrário, nós pensamos ITIL como infraestrutura, como biblioteca de serviços e pensamos o Ágil como a forma de desenvolver projetos TI, etc e etc. Então, essas coisas estão meio que juntas. Não há nenhuma razão para não fazer isso funcionar dessa forma. Também, conceito que a gente usa muito TI hoje é a questão do lean, do enxuto. Comprar o que se precisa, trabalhar sob demanda, evitar desperdício. Então, aquela ideia daquelas compras absurdas de final de ano, que você comprava que tinha recurso, depois você ia ver como é que ia utilizar. Hoje a gente cada vez mais faz menos. Está trabalhando cada vez sob demanda, principalmente os serviços de back office, de servidores estão rodando nuvem com outro formato. Você aluga serviços, tudo 'as a service' e o que a gente tem de investimento hoje interno é computadores, notebooks, rede interna. Enfim, mas mudou a configuração da TI. Então, pensar Lean, pensar enxuto também faz muito parte desse novo cenário. Ninguém tá mais com aquela visão de comprar grandes equipamentos e ver como é que você vai usar. Hoje os equipamentos são modulares e os serviços também são agregados de forma modular e você consegue fazer a coisa funcionar e crescer de forma otimizada. Então, a gente pode falar de ITIL, Ágil e Lean como paradigmas essenciais da TI, da TI atual e TI futura. Apareceu conceito novo também que a gente chama de DevOps. É como se você integrasse pessoal de desenvolvimento com o pessoal de operação. Essas tribos, essas turmas trabalhavam de forma muito isolada. Se desenvolvia sistema e depois o pessoal de operação ia ver como é que ia pôr isso prática. A gente vê que isso hoje não é mais razoável. Então, você já integra as equipes muito antes do produto ficar pronto, o pessoal de operação já sabe quais são as demandas de infraestrutura para aquele sistema e isso faz com que você otimize e isso tem haver com o trabalho a Lean, trabalho a Ágil e trabalhar com conceitos de ITIL também. Então, é muito comum hoje a gente ver na TI o papel do DevOps muito claro, o que não era comum a alguns anos atrás, porque há uma necessidade de maior integração, até porque os produtos saem muito mais rápidos e eles precisam ser muito mais integrados para que você não tenha surpresas no futuro. Imagina você ter sistema que você desenvolve, você descobre que a infra que você tem na empresa ou na organização ou os contatos que você tem de cloud não conseguem dar suporte para aquele sistema. Então, você pode pensar tudo isso antes e aí na hora de você levantar os novos sistemas, você não passa pela aquela transição abrupta que você tem uma série de percalços e os testes parecem que não funcionaram. Enfim, fugir tudo, fugir dessas questões aí que estão jogo. Essa é uma visão. O DevOps, então, traz essa possibilidade e é uma realidade e aí você pode pensar essa forma de trabalhar meio que integrada. Você poderiam me perguntar: "A gente já encontra isso nas organizações hoje?". Encontra todas elas. Talvez algumas isso seja mais madura, outras não, mas é comum você encontrar essas figuras que fazem essa ponte entre desenvolvimento e operação como uma coisa quase que natural. Para esses ciclos mais curtos de desenvolvimento, para integração de sistemas, tudo isso faz muito sentido hoje. Então, o DevOps já é uma função da TI que está aí na maioria das organizações. Essa é uma visão. [MÚSICA]