[MÚSICA] Jobs to be done são basicamente tarefas que o usuário ou um produto executa. O termo se popularizou com o artigo do Professor Clayton Christensen, que é um autor conhecido pelo livro The Innovator's Dilema, O Dilema do Inovador. Mas esse termo tem origens da década de 40, da década de 60, com artigos da área da psicologia e do marketing. O que o professor defende basicamente é que todo produto executa uma tarefa e essas tarefas, geralmente, os vendedores vendem os produtos para as tarefas funcionais. No entanto, os produtos têm tarefas funcionais, emocionais, sociais e operacionais. Por exemplo, um sabonete a gente usa para lavar a mão, mas ele pode ser comercializado como algo que higieniza as suas mãos, que previne infecções. Ou o simples fato de você ir tomar um sorvete, ele pode ser um alimento, ele tem uma tarefa funcional. Ele também tem uma tarefa também recreativa, de você sair tomar sorvete com os seus amigos, ou com alguém que você gosta, então, é uma tarefa funcional. E também pode te lembrar algum sabor da infância, algo assim. Então ele também tem um apelo emotivo. Então, o que é importante a gente ver no Jobs to be Done são como ampliar a nossa visão. Além das tarefas funcionais, quais são as demais tarefas que o seu produto pode trazer. Como que a gente faz isso? Bem, o caminho mais comum de se realizar os Jobs to be Done, de entender os Jobs to be Done, é primeiro definir os seus clientes, depois listando todas essas tarefas que eles fazem. As técnicas mais comuns para a gente fazer essa lista são entrevistas, basicamente de sentar e conversar com o seu cliente, ou de modo estruturado, ou de modo mais aberto, ou semiestruturado, com perguntas mais fechadas, mais especÃficas e perguntas mais amplas. Você também tem técnicas de sombra, que é basicamente acompanhar o teu cliente no dia a dia, como uma sombra dele, observando. Existem técnicas de mapeamento de processos como o walk-through, que você faz o processo com o seu cliente. Você vai em cada etapa de cada processo dele, acompanhando, observando e anotando. É bastante legal você ter um caderninho, tomar notas, e a partir dessas notas, você trabalhar com as análises. Na Oxiot, nós fizemos piloto, nós mapeamos processos, nós entrevistamos os usuários, os entregadores, os fornecedores dos materiais que a gente monitora os gases medicinais, para ter uma visão ampla da cadeia. E conforme você vai estruturando e coletando esses dados, você pode analisar, e a partir daà ter descobertas. E por falar descoberta, muitas vezes o que o cliente relata como dor não é necessariamente o principal problema dele. Na Oxiot, nós tivemos isso. E depois dessas análises, nós descobrimos uma outra posição, um outro problema que o cliente tinha que fez com que a gente pilotasse o nosso modelo de negócio, pilotasse o nosso produto. [MÚSICA]