[MÚSICA] É legal a gente transportar um pouco essa visão para o mercado de B2B, o mercado de empresas. E aà você pode encarar as personas na Oxiot pelo menos a gente fez assim numa visão macro e numa visão micro. Na visão macro, é legal você dar um "zoom out", passo para trás, e entender como funciona a cadeia de valor daquele segmento. Ou seja, fornecedores, compradores e clientes. A maneira mais conhecida na literatura de fazer uma análise de cadeia de valor são as cinco forças de Porter. Você tem, basicamente, no eixo vertical, quais são as barreiras de entrada num negócio propriedade intelectual, investimentos, formação de rede e assim por diante e quais são os substitutos, que são produtos ou soluções similares que acabam substituindo a sua solução. Numa startup, que é uma empresa de base tecnológica, o que pode acontecer, naturalmente, é a solução da tecnologia ser substituÃda por uma solução manual, que já existe hoje, com bastante mão-de-obra intensiva. E no eixo horizontal, você tem o poder de barganha dos fornecedores, o poder de barganha dos compradores e a rivalidade entre o público que concorre por aquele mercado. E, dessa maneira, quem tem mais poder é quem captura mais valor. Essa é uma ferramenta clássica já que recebeu um pouco de crÃtica de como ela foi aplicada para entender o posicionamento dominante, que traz mais vantagem competitiva. A grande crÃtica é que a revolução tecnológica faz com que a vantagem competitiva se dilua muito rápido no tempo. Independente dessa crÃtica, ela ainda traz bastante qualidade na nossa análise para identificar, dentro dessa cadeia, qual organização é uma boa persona para o seu negócio. Uma vez que você identifica essa organização, que é a persona, você vai para a análise micro. Você pode entender, dentro daquela organização, quais são os tipos de persona lá dentro. E aà você vai encontrar os influenciadores e os decisores. A literatura traz uma nomenclatura bastante ampla para esses tipos, para esses grupos, para essas classificações. No entanto, apesar de ter vários nomes, no entanto, essa diversidade é bastante semelhante. Eu particularmente gosto bastante das definições do professor Bill Aulet, que ele divide esses termos, essas nomenclaturas, em dois grandes grupos. O primeiro grupo é dos usuários, dos "end users", que são as pessoas que realmente vão utilizar a sua solução, e o segundo grupo, mercados B2B, principalmente, você tem a unidade de decisão, "the decision-making unit", que é composta basicamente pelo champion, ou sponsor, ou patrocinador, alguém que vai bancar que o seu produto seja comprado dentro daquela organização. Você tem o economic buyer, que é basicamente alguém que tem o poder de orçamento. Geralmente é CFO, lÃder de área, alguém que vai assinar para garantir que aquele produto seja comprado. Você tem, depois, um outro grupo que mescla influenciadores, que não têm o poder de um patrocinador, não têm alto cargo para garantir uma decisão top down, mas são pessoas que trabalham ali entre seus pares e entre a sua equipe direta para conseguir influenciar uma decisão. Você também tem as pessoas que tem o poder de veto e, ainda mais, as pessoas que tem o poder de sabotar o seu negócio. Acontece, a gente encontra alguns pelo caminho. E geralmente são pessoas que tem produtos semelhantes, tem projetos semelhantes, que são ameaçados pela solução que você está oferecendo. Então, quando você entra numa organização, você encontra todos esses grupos de pessoas. E aà tem uma caracterÃstica diferente no negócio B2B, que é que o processo é muito mais lento. Porque você tem que conversar com essas pessoas, passar por orçamentos e garantir o fundo de vendas. Isso aà vai entrar num outro momento nesse curso, para a gente estudar, mas é importante a gente começar a mapear desde já quais são os tipos de pessoas que vão ajudar a fazer o seu negócio gerar valor e capturar valor. [MÚSICA]