[MÚSICA] >> Senhor Pacheco, muito obrigado pela sua participação no nosso curso. >> Com prazer. >> Professor, quais os limites da pesquisa astro biologia hoje, que tese nos permitiriam ou vão nos permitir compreender o origem da vida num contexto mais amplo? >> Quer dizer, 'iii' vamos dizer assim, poderão ser superados eventualmente >> Exatamente. >> Hoje dia o que você tem, tem dois aproaches para responder à sua pergunta, primeiro é o aproach teórico é o teórico hoje laboratório, que é mais ou menos vai dar no mesmo, que é, seria descobrir a passagem do químico para o biológico. Até hoje, ninguém sabe como é que se passa, você pode fazer uma série de reações químicas laboratório, ou até mesmo escrevê-las né? Química teórica e descobrir que as reações totais dão tal coisa, aí você faz pode juntar uma série de ingredientes de moléculas orgânicas, e tentar fabricar vida. Isso nunca foi conseguido, as experiências de Miller e Urey, feito nos inícios dos anos 50 e depois reproduzida inúmeras vezes até hoje, a gente consegue ver essas experiências com introduzindo as moléculas e orgânicas e energia sobre forma de uma descarga eléctrica, que simularia os raios da Terra primitiva né? Os raios atmosféricos. Então, com isso você consegue fabricar aminoácidos e não passa disso, não chega a proteínas e a coisas assim que são mais complexas. De modo que, laboratório, também você pode juntar várias, por exemplo, você pode pegar uma membrana, juntar vários ingredientes os vários ingredientes, todos os ingredientes que têm uma bactéria, proteobactérias, podem juntar uma cápsula, isso não faz uma bactéria. Então, você não sabe fazer a passagem do químico, puramente químico, para o biológico. Essa é uma das coisas que será grande passo, né? Está-se tentando pelo mundo fora, e vai se chegar lá certamente, essa passagem então do químico para o biológico, esse é dos limites até hoje que provavelmente vão ser superados. Bom outro limite que podemos superar também é o envio de naves para o Sistema Solar, fora do Sistema Solar a gente não consegue, é muito longe né, pelos nossos dados atuais, mas esse, colocar então seja telescópios órbitas, seja enviar naves para aqui para o seguro da Terra do Sistema Solar ou dentro do Sistema Solar, a gente poderá também avançar pouco nessa direção, tentar observar por exemplo, a atmosfera de exoplanetas e ver se tem alguma parecida com a nossa e tal e localizar bons alvos para trabalho futuro. Hoje a nossa resolução espacial, é a resolução ótica, não consegue discernir, fazer discernir conseguir observar moléculas de uma atmosfera de exoplaneta. Isso pode ser feito teoricamente com fotometria mas até hoje não foi conseguido de facto. Existe grande projeto da ESA, a sonda de Darwin belo nome né? >> É [RISOS] >> O Darwin vai ser para tentar justamente observar diretamente as atmosferas dos exoplanetas. Mas não só para essa, a resposta que vem para você na primeira pergunta, quais são os limites? São esses aí, sair de experimental, quer dizer tentar conseguir observar à distância a atmosfera de exoplanetas, o segundo seria avançar na compreensão químico- bio. >> Professor, hoje dentro das iniciativas que nós temos no desenvolvimento de telescópios, tanto aqueles baseados Terra quanto os espaciais, o que o senhor frisaria com o talvez as iniciativas mais contundente que vão nos ajudar de certa forma compreender a vida com esse fenômeno muito mais abrangente do que a vida só aqui na Terra? >> Bom eu faria pequeno preâmbulo que é o seguinte, nós temos a projeções com o satélite Kepler, que é aquela sonda da NASA, ele descobriu bom número de exoplanetas, né? Cerca de 3 mil, depende dos dados, os números não são confirmados, mas na ordem de alguns milhares. Se você fizer uma projeção com os dados que o satélite Kepler observou evidentemente num lugar muito limitado no céu e fizer uma projeção para a Via-Láctea o número de planetas rochosos, pequenos portanto né, os rochosos são pequenos, na Via-Láctea é estimado cerca de 100 Bilhões. Então é uma enormidade. Então se tem 100 milhões de planetas rochosos, a probabilidade de ter vida algum deles é muito grande, né? Porque é que só na Terra teria, né? >> Exatamente. >> A gente está excluindo os gasosos porquê? Porque nos gasosos é muito difícil ter vida porque é difícil pensar numa vida, pelo menos superior, que se fome numa grande nuvem de gás, mesmo que seja densa né? Então, a gente pensa que precisa de ter uma superfície para ter uma coisa mais elaborada, multicelular, pluricelular etcetera. 100 milhões de planetas só na Via-Láctea, então obviamente vai ter muita vida por aí, né? Então, não é, não parece uma coisa absurda de ficar procurando isso aí. Então, por isso é que se investe inclusive, muito nos telescópios atuais, os grandes e os futuros projeto tem-se investindo muito fortemente nessa área de astro biologia. É que primeiro uma coisa muito importante para a humanidade, o ser humano desde que está na caverna ele olhava para o céu, provavelmente desde que se alguns milhares de anos atrás 200 milhares atrás começou a pensar e pensou, será que tem gente igual a mim lá? Aquilo lá é outro planeta? Entretanto a ciência foi progredindo, com os gregos particular, isso fez com que a pergunta fosse ficando mais completa né? Primeiro eu pensei, sinceramente vais parecer, foi Anaxágoras que fez a primeira tese de panspermia e dessa história de os meteoros espalharem vida por aí, bom quais são os grandes instrumentos que têm, que o pessoal acha que vale a pena investir? O maior de todos atual que já existe é o Hubble, o grande 'iii' o maior conhecimento que o ser humano já conseguiu termos de resolução espacial, raios a sonda espacial é gigantesca estamos vendo os sistemas planetários formação. Qualquer planeta fazendo uma pertubação lá no local e perturbando disso né? Então já estamos vendo esse grau de detalhe que o Hubble tem a maior resolução que o ser humano jamais atingiu e que durante muitos e muitos anos vai ser a maior de todas. Então o Hubble é o primeiro que propicia isso, você poder observar discos planetários formação e planetas também, né que isso foi emitido rádio. E depois os grandes transfomes gigantescos o Reiter, o maior de todos o TNT e o GNT que também com graus diferentes de resolução vão poder observar atmosferas de exoplanetas. O mais provável é o Reiter, que vai ser o mais adequado que tem a imagem fina de todas. Então, esses instrumentos vão poder, dar salto nessa história porque a gente observa a atmosfera planetária, observa os gases que têm componentes, se achar algo parecido com à da Terra, é uma belíssima dica de que pode ter vida aqui, como apareceu aqui vai aparecer lá, obviamente. E termos espaciais também, não pode esquecer James Webb Telescope que vai ser lançado breve, também vai poder observar uma certa menos do que os de Terra mas também os sistemas planetários e nos menores do Plato da ESA, o Tess da NASA e o Eco da ESA também, quer dizer, são todos eles vão poder fazer avançar bastante, num futuro próximo, nos próximos 5 anos, na direção de estudar melhor os exoplanetas e suas atmosferas. Então isso também é uma coisa experienciativas que vão fazer avançar no campo, né? >> Professor, a gente sabe que para a ESA a estação com a agência espacial europeia, compreender a vida como fenômeno, é uma das prioridades de estudo né? O que é que tem se desenvolvido lá, por iniciativa da ESA no sentido de ter instrumentos e de enfim, para que a gente possa ter essa compreensão pouco mais abrangente da vida? >> Veja, eu não sei porque você só falou da ESA aqui, mas eu falo da NASA também pouquinho. Você tem razão, a ESA tem programa ambicioso de astrologia né? Às vezes na hora penso exogeologia a gente deu uma contribuição aqui por pouco preço, que é o seguinte, porque os dois nomes exo e astro tem os dois nomes, exo é exterior né, então, começou-se a chamar à uns tempos atrás de exobiologia, exobiologia no começo para a resolução do cosmo, biologia de transição de cosmo, biologia eles falam de cosmonauta vez de astronauta, então, os europeus hoje estão divididos uns falam exo outros falam astro. Os americanos começaram a falar de astro biologia para expandir pouco esse conceito, que exo biologia é só porque está fora da Terra. E as biologias pretendem estudar também a vida na Terra, a sua origem, se você põe exo você exclui a Terra, então é melhor falar astro, né, também acho, concordo com isso. Bom, então a ESA, concordamos todos astro biologia, e tanto é que dos dois grandes experimentos exotéricos, da cosmic vision, dos grandes, a cosmic vision tem pequeno, médio e grande, né? Dos grandes chama-se Juice, suco inglês, que é Jupiter Ice Moon vai mandar então satélite muito grande, muito caro, bilhões de euros, para ficar circulando lá no sistema de Jupiter, para estudar então as luas de Jupiter, né e o ganho, o que conta muito muito inóspito, mas a Europa vai identificar isso, os 3 que podem ter vida de alguma maneira, então, é exemplo de que investimento muito pesado que vai voar ali nos 2025 por aí, bom, quase 10 anos. E a ESA tem outras iniciativas, por exemplo, recentemente a uns 2 anos atrás, criaram alguns grupos de estudo particular grupo de astrobiologia e coisas meio da área, né? Para estudar, grupo multidisciplinar, tem que se pensar que astrobiologia tem que ter gente de todas as áreas, né? Dado a diversidade de assuntos que cobre, necessidades técnicas que cobrem e científicas e fez grande grupo de trabalho nesse sentido, de estudar aí e foi financiado pela ESA, então, se reúne periodicamente, então publica periodicamente. Então, esses são digamos os indícios de que eles se consideram muito importantes. E finalmente tem o Darwin, que é, que ainda não está completamente aprovado, mas há uma pressão pela Comunidade Europeia, que tem muita atividade astrobiologia, que é o Darwin que é satélite que vai fazer fitometria observar diretamente as moléculas nas atmosferas planetárias. Então é isso, nós ainda temos a 'iii' também mais pobre pouco que a ESA por incrível que pareça e tinha também outros papeis como DANTE ou TPF Terrestrial Planet Finder que era para estudar só para os extraterrestres e foi abandonado ele tinha que ser retomado, mas por enquanto foi abandonado, então, menos variante nesse aspeto de pesquisa aí a NASA James Webb que é da NASA, esse grande telescópio foi substituído pelo Hubble vai poder observar pouco essas coisas e resultados mais próximo da Terra, mas o programa da NASA hoje é mais pobre do que a ESA de fato. >> Certo, professor o senhor situe aí o ENT que é dos maiores empreendimentos que nós temos astronomia atualmente especialmente relação à capacidade de observação que vai ser conseguida com através desse instrumento, >> Sim, >> Como é que ele vai permitir que nós tenhamos uma compreensão mais abrangente da vida com esse fenômeno cósmico, ou seja, como é que ele vai ajudar a gente a perscrutar pouco mais esses limites da observação que podem ajudar pesquisas astro biológica? >> Pois é, o LT, as suas caraterísticas então de diâmetro né, que é a quantidade de fotos que a 'iii' de fotos do telescópio da de fotos que ele capta por unidade de tempo, chega a ser 500 vezes maior do que os telescópios grandes de hoje, né? E você não pode esquecer que essa capacidade de tanto de fotos, com tanto de tempo e disposição, ou portanto, de profundidade que você enxerga, ela varia com o quadrado da mais que o quadrado do diâmetro, do telescópio, então, para você comparar o LT com GNT, dá o fator 4, 8, né? Se você pensar na qualidade da imagem dá fator até mais, perto de 7, que a imagem do LT é mais fina, vai ser mais fina do que o GNT, então, você não pode comparar o GNT tem 24 metros, o outro tem 40 não é muito mais do que isso, então, o LT vai ser o maior de todos que vai se olhar vai ter uma maior capacidade, menor tempo de exposição, e maior profundidade de distância possível de observar. Então isso aumenta muito a estatística e a qualidade dos dados, primeira coisa. Segunda coisa, quer dizer, o fato de se poder ver de uma maneira mais fina, você pode fazer cronografia, estática de apagar central de estrela e ver os planetas e daí poder olhar para as atmosferas, então isso já vai ser avanço muito grande e muito importante do LT que vai proporcionar, principalmente esse. E o fato de poder também olhar colóqui de estrelas, quer dizer discos de estrelas formação, da mesma maneira que a resolução ser muito boa e poder enxergar muito longe, ele vai também aumentar muito a estatística, ou as estatísticas sobre o estudo de como é que a Terra se formou, como é que o Sistema Solar se formou. A Terra pelo meio, isso também é muito importante quer dizer, o fato de ele enxergar muito longe, enxergar com muita precisão e definição de imagem, permitindo espectroscopia de alta qualidade, vai também ajudar muito até no estudo da formação do Sistema Solar. Então é basicamente isso, quer dizer, você vai poder observar número muito maior de exo planetas inclusive as suas atmosferas, porque ele enxerga mais longe, tempo hábil, se você demora 10 anos a observar não dá. observar é 2 horas, dias no máximo. Então essas são as duas grandes vantagens. E ele vai ser equipado, como a ESA é consórcio muito rico, vão equipar o LT, de saída, com instrumentos extremamente sofisticados e grandes, de alta qualidade, alta qualidade ótica, e maior sentido de resolução e transmissão, você vai observar com uma facilidade de ir mais longe não só pelo tamanho do instrumento como pela qualidade do instrumento ótico. Então isso, é basicamente isso, é por aí que vai nós vamos progredir muito. >> Está certo, então professor, muito obrigado pela participação no nosso curso, até mais. >> Obrigado, muito prazer viu. >> Até breve. [SEM_ÁUDIO] [SEM_ÁUDIO] [SEM_ÁUDIO]