[MÚSICA] A principal maneira que
temos de conhecer como era a vida antiga na Terra é por meio da Paleontologia.
Essa área da ciência estuda os fósseis, que são estruturas formadas pela interação
entre organismo que morreu e o ambiente ao seu redor, que situações especiais podem
atuar sua preservação, transformando-o praticamente uma rocha.
Isso nos permite conhecer a forma e a composição
química e celular desses seres vivos que viveram até bilhões de anos atrás.
Partindo dos fósseis mais recentes e indo direção ao passado,
podemos recontar a história da vida no planeta.
O estudo da mudança entre essas formas preservadas é uma das principais bases
para a Teoria da Evolução Darwiniana e mostra como espécies diferentes
surgiram com o tempo.
Fósseis de plantas e animais parecidos com os atuais podem ser encontrados até cerca
de meio bilhão de anos atrás, quando há uma brusca mudança.
Parece que nesse período houve uma transição entre uma biodiversidade atual e
uma mais antiga, muito diferente, conhecida hoje como fauna do Ediacarano.
Esses organismos eram praticamente todos marinhos e de corpos moles,
sem esqueletos, conchas ou carapaças.
Esses organismos demoraram para ser encontrados no registo geológico porque,
devido ao seus corpos frágeis e moles,
o processo de preservação e fossilização foi muito menos eficiente.
Até hoje não há muitos exemplares encontrados
comparação aos fósseis mais recentes, como dinossauros e outros animais.
Esse exemplo levanta dos principais desafios da paleontologia: a preservação
do registo fóssil não é perfeita, mas tem lacunas que devem ser consideradas
na hora de recontar a história da vida, e muitos casos, alguns organismos nunca
foram preservados, sendo praticamente impossível sabermos de sua existência.
Mas nosso planeta tem quase 4,6 bilhões de anos e quanto os fósseis são mais antigos,
mais raros eles se tornam, tanto pela preservação quanto pelas modificações
naturais, e a superfície do nosso planeta está constante renovação,
com a formação de montanhas, tectonismo e erosão.
Com essas modificações, os fósseis podem também ser destruídos ou alterados.
Além disso, conforme retrocedemos no tempo,
os organismos fossilizados vão se tornando estruturalmente mais simples,
até que eles se tornam praticamente todos unicelulares, como bactérias e microalgas.
Encontrar esses microfósseis é como procurar uma agulha num palheiro,
mas temos tido muitos avanços com a tecnologia que permitem hoje que
estudemos essas amostras geológicas escalas atômicas.
Hoje os fósseis mais antigos já encontrados são motivo de grande debate na
ciência, mas parecem estar cerca de 3,5 bilhões de anos atrás.
Não sabemos ainda se esses foram os primeiros seres vivos do planeta e
continuamos procurando por outros fósseis ainda mais antigos.
Com essa busca temos aprendido muito sobre a história da vida e sobre a evolução.
Hoje outras áreas da ciência, como a química e a física, têm criado ferramentas
para para conhecermos melhor as condições desse primeiro bilhão de anos da Terra e
mesmo tentar recriar o que aconteceu laboratório.
Talvez estejamos chegando cada vez mais perto de entender a origem da vida,
que ainda permanece como dos maiores desafios da ciência.
[MÚSICA]
[MÚSICA]
[MÚSICA]