[MÚSICA] Estamos iniciando novo curso. Resultados e Vantagem Competitiva Relacionados a Gênero. Temos alguns módulos e a gente vai começar falando porque ser diverso e inclusivo vale a pena. Nessa primeira aula vamos discutir como está a diversidade de inclusão nas empresas. Desde quando as empresas são diversas e inclusivas? Se a gente for olhar para o todo, o mundo sempre foi diverso. Sempre tivemos vários tipos de pessoas, com vários tipos de caracterÃsticas, das mais diversas nacionalidades, dos mais diversos povos, com diferentes tipos de cores. As empresas é que na verdade estavam selecionando alguns grupos majoritários. E aà sim a composição dos quadros de funcionários costumavam ter algumas caracterÃsticas diferentes até do que nós temos na população geral, entendendo que as empresas estavam sendo pouco inclusivas. Na verdade, várias delas ainda são pouco inclusivas. As pessoas são diferentes, mas muitas vezes são discriminadas por uma ou mais caracterÃsticas. Elas podem ser discriminadas por terem alguma deficiência, podem ser discriminadas por virem de alguma região especÃfica do paÃs ou do mundo, podem ser discriminadas por vários desses fatores de uma só vez. E quando a gente tem essa diversidade múltipla temos uma complexidade ainda maior. Por isso mesmo a gente vê a importância da função das leis, das cotas e das regras que são institucionalizadas pelas empresas. São formas importantes que foram criadas para alcançar a equidade, ou pelo menos tentar alguma forma de equidade. E quando a gente fala aqui são das diversas formas que nós temos, mas também de gênero. É movimento que é bem recente. Até 10 anos mais ou menos quase não se falava diversidade e inclusão, nem era pauta, não fazia parte dos temas organizacionais que nós tÃnhamos como prioridade. Nas primeiras tentativas de reconhecer boas empresas para as mulheres trabalharem por alguns institutos de pesquisa, percebÃamos que pouco era feito. Por exemplo, se a gente perguntasse para alguma organização, o que você faz relação à s mulheres? Às vezes o que a gente ouvia era que tinha algum espaço para fazer manicure, à s vezes a gente ouvia que tinha Semana da Mulher, que se entregavam flores para a mulher no dia 8 de março. Isso tudo é muito raso, é muito superficial. Mas será que as empresas estavam empenhadas fazer algo mais, olhar se os benefÃcios e salários eram iguais ou equivalentes para homens e mulheres, olhar se a gente tinha mulheres todos os cargos de gestão? A gente vê, por exemplo, nestas listas de melhores empresas para trabalhar que lá no inÃcio da década de 1990 a gente não tinha nenhuma CEO mulher. E quando aparecia era uma entre dezenas e dezenas de empresas. É muito frequente ouvirmos esse discurso de que não há diferenciação para gênero, porque todos são iguais. É uma fala bem comum quando a gente vê as empresas que não têm muita noção do que é essa equidade de gênero. Porque se a gente tivesse mundo ideal, que todas as condições estariam iguais, a gente realmente poderia ter esse tipo de resposta: não fazemos nada diferente, se todo mundo é igual eu não estou privilegiando ninguém. A ideia não é essa, porque as mulheres estão sim numa posição ainda desfavorável quando a gente vai pensar da vida da mulher tanto fora da empresa quanto dentro dela. O que a gente tem visto é que as empresas estão tentando à s vezes sair desse modismo, porque o que temos agora nos dias de hoje é modismo de falar que a empresa é diversa e de que ela é inclusiva, mas na verdade esse conceito passou a ser aplicado somente algumas empresas e realmente aquelas que levam a sério, fora desse modismo, são poucas. A gente vê a aplicação da diversidade de algumas formas. Segundo a Carolina Ignarra, CEO da consultoria de inclusão Talento Incluir, ela disse que existem três grandes tipos de empresas, três categorias. Temos as empresas que aplicam a diversidade por obrigação, porque elas entendem a lei de cotas, porque entendem que é importante, se não ela vai ter alguma penalidade e aà ela faz simplesmente porque se sente obrigada, se sente obrigada por que alguém ali externo faz com que ela tenha que aplicar tudo isso. Temos segundo grupo, que são as empresas que aplicam a diversidade por aparência. É por marketing, elas querem aparecer, elas querem se mostrar diversas. Colocam isso nas publicidades, mas nem sempre acreditam de uma forma verdadeira que a diversidade é importante. E temos o terceiro grupo que é o grupo mais desejado, mas infelizmente é o menor grupo quantidade. São as empresas que acreditam diversidade e elas trabalham nisso por convicção, ou seja, é genuÃno, elas entendem que essa diversidade realmente traz resultados e ela faz isso por crenças, por princÃpios. A parte de diversidade e inclusão já é uma pauta de vários CEOs e executivos de uma forma declarada. A medida que isso está na agenda dos grandes lÃderes, podemos agora esperar uma mudança significativa. É uma tendência que nós temos para os próximos anos. Na próxima aula vamos trabalhar com a definição sobre o que é a diversidade. [MÚSICA]