[MÚSICA] Olá a todos, aqui quem fala é o professor George Sales, eu sou professor aqui dos cursos de graduação e pós graduação da FIA. Bem vindos ai ao curso de mercado de capitais, vamos falar de nesse módulo de modelo de apressamento de ativos, o CAPM. Nós vamos falar especificamente nessa aula de reta do mercado de capitais. A gente sabe que na teoria do portfólio, a gente sai de ativo A para ativo B através de uma curva de uma fronteira. Então, a gente tem uma fronteira eficiente de ativos, uma fronteira eficiente de ativos ai. Está legal? Que são ativos que tem o quê? Risco, eles têm oscilação, eles têm volatilidade, então, eles têm lá a oscilação desses ativos acontecendo a medida que o mercado funciona enfim, que os preços variam, coisa do gênero. Só que a gente tem dentro desse modelo carteira que pode ser formada também considerando ativo livre de risco. Oras, se você tem ativo livre de risco, qual é o desvio padrão dele, qual é a volatilidade dele? Ela entra no zero. Então, se a gente fizer cálculo pegando daquela curva, a gente pega ponto, e a gente já coloca o seu dinheiro uma carteira e pouco do seu dinheiro ativo livre de risco, você vai conectar esse seu ativo com essa carteira através de uma linha reta. Por que? Porque o desvio padrão desse ativo vai ser zero. Além disso, o desvio padrão dele sendo zero, a covariância desse ativo livre de risco juntamente com a carteira vai dar zero também. Então, percebam que aquela fórmula de Markowitz que é aquela que trás lá o cálculo do risco do portfólio, ela vai ter dois dois componentes da fórmula que vão ficar zerados. Então, a gente vai ter risco de portfólio que está mais associado a uma linha reta. A uma linha reta ai, então, não vai formar uma fronteira. Então, esse ponto ele é ponto que sai lá do do risco zero. Então, o quê que a gente tem? Como a gente tem uma linha reta ligando o ativo livre de risco à carteira com risco, nessa linha reta a gente pode calcular uma função linear, uma função linear. Então essa função linear ela é aquela fórmula que a gente via na época da escola, que é o Y é igual a A mais BX. Y é igual a A mais BX. Lembra? Daquela fórmula linear, de reta linear, só que o que vai determinar aí é o angulo de inclinação dessa reta, porque quanto mais inclinada, significa que a possibilidade de retorno vai aumentar a medida que o risco anda. Então, a gente tem essa questão. E a gente tem a possibilidade de retorno menor se o risco andando muito se o ângulo de inclinação for baixo. Então, a gente tem ali estudo que a gente precisa fazer. Bom, se a gente pegar essa reta e naquela curva das nossas carteiras com risco, nossos ativos com risco dentro da carteira, e a gente tangenciar a curva, a gente vai ter uma, ângulo de inclinação para essa reta. Se a gente ligar o ativo livre de risco, a ativo que está no início da curva a gente vai ter outro ângulo de inclinação. Se a gente ligar lá no último ativo que a gente tem, o ativo mais arriscado de nossa carteira, a gente vai ter outro ângulo de inclinação. Então, o quê que eu quero dizer com isso? Eu quero dizer com isso que a gente pode determinar pontos que seriam mais interessantes para a gente colocar o nosso investimento vis a vis os ativos livres de risco que existem na carteira. Então a gente vai simular aqui. Vamos simular o ângulo de inclinação, calculando ai a partir da suposição de que o ativo livre de risco ele tem retorno de 10%, e que o ativo X, ele seja de 20 e o seu risco seja de 25, então a gente consegue angulo de inclinação ali na reta. Perfeito? A gente consegue aplicar o cálculo. Se a gente calcular a partir de ponto que eu desejo risco apenas de 15%, eu vou determinar o quanto de dinheiro eu preciso colocar no ativo livre de risco vis a vis, na carteira com risco. Então, a gente consegue separar ai, olha. Então, fazendo o cálculo, bom, se eu quero ponderar a quantidade de peso para ativos que eu vou colocar para risco de 15%, eu preciso colocar 60% do meu dinheiro na carteira e 40% do meu dinheiro ativo livre de risco seu eu quiser correr risco de 15%. Então essa seria ponderação de carteira. Bom, dentro desse modelo, vamos ampliar essa ideia, onde a gente quer chegar. Vamos pensar que a gente tem a curva ai, voltando a curva. Então, a gente tem a curva que possui retorno e ali a gente tem o peso da carteira ponto de risco. E nesse ponto de risco está colocando 58% do dinheiro no ativa A e 42% do dinheiro no ativo B. Então, eu tenho lá ponto de risco ponderado nessa carteira. Bom, se eu fizer teste ligando, olha só, o ativo livre de risco ao ativo A, o ativo livre de risco ao ativo B, e o ativo livre de risco na carteira onde tangencia a curva que é essa reta azul, então, a gente tem uma reta azul, uma reta rosa e uma reta verde. Então, eu tenho ativo livre de risco que tem o meu retorno e o risco zero, e eu estou ligando nessas três extremidades ai. Perceba que a reta azul ela já vai dar para a gente melhor retorno com menor risco. Então, seria melhor mesmo eu colocar o meu dinheiro ativo livre de risco, e uma carteira do que colocar o meu dinheiro ativo livre de risco e ativo individual, seja ela no A ou no B lá na ponta. Bom, fazendo as funções ai, usando lá a formula de função, a gente consegue o ângulo de inclinação para cada desses ativos ai. Bom, fazendo esses cálculos a gente consegue perceber que eu se eu aceitar risco dado uma alteração a reta azul ela é a mais interessante das três. Então, confirma para a gente que o melhor é realmente investir na reta com a maior a maior inclinação. Agora, interessante é se você pensar o seguinte vamos supor que todo esse desenho da fronteira sejam todos esses ativos da bolsa. Então, o mercado acionário brasileiro. E aqui é o título livre do país que está pagando ali a taxa SELIC, está lá 2.75 nos dia de hoje, depende do dia que a gente está vendo o vídeo, a taxa SELIC vai estar uma ponderação. Então, se você pegar 2.75 a risco zero e conectar, obviamente é muito melhor você compor uma carteira do que investir ativos isoladamente. Então, você vai na carteira lá que você vai conseguir efeito de retorno maior. Essa reta a gente chama ela de reta do mercado de capitais, então essa reta do mercado de capitais ela vai permitir a maior eficiência. Seguindo meu exemplo aqui, vamos supor que ,eu quero correr risco de 7.5, se eu quizer correr apenas risco de 7.5, eu vou ter retornos distintos para cada uma dessas retas e obviamente quem ganha de novo é a reta? A reta azul porque ela é a que está mais me pé, então isso não vai mudar, e ai essa reta é a reta do mercado de capitais, que é a retal mais inclinada tocando na curva da fronteira de todos os ativos que você tem com risco. Então, essa essa é a grande sacada ai relação a isso. Agora, se você conseguir ativo que esteja acima da reta do mercado de capitais ou seja, ele tem retorno acima dessa reta ai, vale a pena você colocar na carteira, concorda? Porque ele vai ter retorno maior para risco menor. Então, todos os ativos que você encontrar que média ele está acima da reta do mercado de capitais vale a pena você colocar dentro da carteira. Então, se você montar uma reta do mercado de capitais e ficar estudando os ativos, aqueles que ficarem acima vale a pena compor na carteira. Mas olha, uma coisa interessante é que rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro. O que a gente está fazendo sempre aqui é estudar o passado e acreditar que por uma questão de efeitos não é, ele também se replica parte no futuro. Como você está montando uma carteira, na média você vai pegar ativos que conseguem uma performance boa. dado risco menor, porque provavelmente os gestores dessas empresas eles atuam realmente de uma forma mais, tatuando pelo menos a empresa uma tocada melhor. É obvio que se você ditalar muito o tempo, "Eu vou fazer estudo dos últimos dez anos". Poxa a Petrobras dez anos atrás é diferente da Petrobras de agora. Então, uma empresa durante periodo de tempo muito grande ela muda, ela muda a sua a sua gestão, para melhor ou para pior, enfim, mas ela muda. Então, é uma ideia de que você não pode dilatar muito os seus estudos para fazer essas análises pegando período de tempo muito grande, também não faz sentido. Então, você tem que pegar periodo de tempo que seja coerente com a equipe que está atuando nos negócios com as condições de taxas de juros vigente, com as condições de inflação, por exemplo, você fazer estudo de recorte relação ao periodo de pandemia, aonde a gente teve uma oscilação onde a bolsa saiu de 120 mil pontos foi lá para 65 mil, 66 mil, ou seja, caiu quase pela metade e depois retornou para os patamares de 120 mil pontos, oito, nove meses depois. Bom, você está fazendo ali uma oscilação de caiu 50% depois subiu 100. Você imagina só a volatilidade dos ativos, o quanto oscilaram as ações das empresas brasileiras nesse periodo de tempo. Então isso daí é super complexo. Bom, dentro da reta do mercado de capitais a gente tem a separação de qual é a melhor. A melhor é a azul. Bom, se a gente for considerar risco de 7.5 como é que eu vou ponderar essa minha carteira? Pegando a fórmula e aplicando o risco de 7.5, a gente vai conseguir descobrir os retornos. E aí a gente vai ter a característica de colocar 23% do dinheiro no ativo livre de risco, e 77% do dinheiro no ativo com risco. Mas o ativo com risco é uma carteira A e B e aí a gente tem que ponderar a quantidade de dinheiro na carteira A e B. E como é que a gente faz isso? Bom, quando a gente estudou apenas a carteira a gente viu que o peso do dinheiro área 58 e o peso do dinheiro B era 42, apenas a carteira sem o ativo livre de risco. Quando a gente inseriu o ativo livre de risco a coisa mudou, para 23% do dinheiro no ativo livre de risco, e 77% do dinheiro da carteira. Então, agora a gente precisa pegar esse 77% e ponderar esse no 58 e 42, então como é que a gente faz isso? Pegando 77% e multiplicando pelo 58, vai dar aqui 45% do dinheiro vai ficar no ativo A, 32% do dinheiro no ativo B, e 23% no ativo livre de de risco, que vai dar os 100% do dinheiro. Então, a gente conseguiu ponderar a carteira ai. Então, a gente viu nessa aula a reta do mercado de capitais. [MÚSICA]