[MÚSICA] Olá. Sejam bem-vindos e bem-vindas a segunda semana do curso Sistemas e Tecnologias de Informação Digitais nas Organizações, que é a primeira parte do programa de cursos integrado Introdução aos Sistemas de Informação para Negócios. Nesta segunda semana do curso discutiremos os sistemas de informação empresariais partindo do entendimento de como os dados e informações dão suporte à tomada de decisão dos diferentes níveis da organização, depois definido conceitualmente os diferentes tipos de sistema de informação e finalmente detalhando os diferentes tipos de sistemas empresariais e comerciais existentes na atualidade. Nossa primeira aula será sobre o tema sistemas de informação e a tomada de decisão nas organizações, que iremos analisar as diferentes necessidades de informação dos diferentes níveis da empresa, com base nas suas principais atividades de gestão, a saber: execução, gerenciamento e planejamento estratégico. A partir dessa análise é apresentada uma tipologia dos sistemas de informação empresariais. Vocês recordam que na quarta aula da primeira semana apresentamos o papel dos sistemas de informação e tecnologia digitais no apoio aos processos de negócio, a gestão e estratégia da empresa, indicando esses últimos elementos como uma pirâmide. Essa pirâmide é uma representação muito comum das organizações três níveis de decisão, operacionais, gerenciais e estratégicas. As decisões operacionais estão relacionadas diretamente à execução dos processos e atividades empresariais ligados à produção e entrega dos produtos e serviços, tais como receber matérias-primas, produzir, embalar, vender, entregar, entre outras. Também são operacionais diversas atividades e tarefas de suporte administrativo, tais como fazer pedido de compra, pagar fornecedores, cobrar e receber valores de clientes, calcular salários, pagar funcionários, registrar valores na contabilidade, pagar impostos, entre tantos outros. São atividades que têm uma característica comum, são bastante estruturadas. Você se recorda que falamos de dados estruturados e não estruturados na segunda aula da primeira semana. O conceito aqui é o mesmo. São processos, tarefas e atividades que tem regras bastante claras e bem definidas que regem seus procedimentos. Por exemplo, a reposição de produto do estoque é controlada pelo seu estoque mínimo, definido anteriormente. Se a quantidade atinge esse valor é realizado pedido de uma quantidade também anteriormente prédefinida. A embalagem e despacho de pedido também segue regras preestabelecidas e assim por diante. Como consequência, por sua previsibilidade e repetição, os dados e informações que dão suporte a essas operações e atividades tem também alto grau de estruturação. Além disso, outras características dos dados e informações no nível operacional são seu alto grau de detalhamento e de precisão. Pedido de vendas como que apresentamos na aula dois, tem todos os detalhes necessários para a entrega e deve ser exato termos das quantidades solicitadas, do endereço de entrega, do prazo combinado e assim por diante. Dessa maneira, a base para a construção de sistemas de informação que dão suporte às operações são os bancos de dados transacionais, com estrutura relacional, que tem foco na eficiência e na velocidade de resposta. Oposição ao nível operacional, no nível estratégico as decisões são relativas a períodos longos, trimestres, semestres, anos e tem foco nas ações futuras da empresa. Por exemplo, a decisão sobre o lançamento de novo modelo de negócio, ou sobre o reposicionamento da empresa novo mercado. Para essa decisão são importantes tanto os dados históricos da empresa, como dos mercados anteriores e desejado e caso seja mercado ainda inexistente a criação de diversos cenários com base opiniões de especialistas. Assim, pode se perceber que para a tomada de decisões no nível estratégico, geral não há interesse dados operacionais detalhados, mas sim relatórios que os resumem ao longo de diversas dimensões de interesse. Tal como a dimensão tempo, ou unidades de negócio, linhas de produto, mercados, entre outras. Geral com grande grau de síntese. Por exemplo, por meio de painel de indicadores empresariais ou dashboards. Além disso, a tomada de decisões no nível estratégico, geral, não tem uma receita de bolo, serão problemas diferentes a cada momento, que exigirão uma nova combinação de métodos e informações internas, mas também externas. Muitas vezes inexistentes, que precisarão ser produzidas ou obtidas para aquela situação específica, por meio de pesquisas ou consultorias especializadas. Por esse motivo também a informação tende a ter menor necessidade de precisão, pois muitas vezes são estimativas que contem margens de erro. Por esse motivo também a informação tende a ter menor necessidade de precisão, pois muitas vezes são estimativas que contém margens de erro. O nível tático, ou gerencial, tem uma combinação das características informacionais dos níveis operacionais e estratégico. Parte das atividades gerenciais está ligada a supervisão das operações, que envolve a verificação do cumprimento de metas e correções de erros e dificuldades comuns na operação voltada ao momento presente. Por exemplo, acompanhamento na entrega de pedidos aos clientes, verificando-se o cumprimento dos roteiros diário, e eventualmente reprogramando alguma entrega. Essas atividades de supervisão também geral utilizam-se de informações muito estruturadas, permitindo que sejam desenvolvidos relatórios pré-definidos, com resumos diários, semanais, ou mesmo mensais. Parte das atividades gerenciais está voltada ao acompanhamento das metas anuais, para as quais também relatórios pré-definidos são adequados, comparando os valores efetivos com as metas propostas. Por outro lado, parte das atividades gerenciais também envolve a solução de problemas ou situações não programadas, que poderão demandar informações não previstas, ou novas informações a serem obtidas a partir dos dados preexistentes. Ferramentas de simulação ou cálculo podem ser necessárias também. Por exemplo, ainda pensando entregas, vamos supor que uma mudança na legislação obrigue uma reprogramação de horários de recepção de cargas por estabelecimentos. Será necessário modificar os programas preestabelecidos. Para isso será necessário combinar tanto informações das rotas atuais e sua movimentação anterior histórica, com novas informações sobre as restrições, com o uso de ferramentas de análise e cálculo. O mesmo com o lançamento de produto numa nova região de vendas. Para esse tipo de problema são necessários sistemas de informação mais flexíveis, que possam ser manipulados facilmente para a obtenção de novas informações e geração de cenários. A partir dessa análise das características da informação adequadas a cada nível de decisão na organização é possível estabelecer uma tipologia de sistemas de informação. Inicialmente temos sistemas de informação transacionais, que registram as transações e automatizam as atividades operacionais uma empresa. Esses sistemas dão suporte aos trabalhadores e gerentes operacionais na execução e acompanhamento das atividades e transações elementares da organização, tais como vendas, compras, pagamentos, fluxo de materiais, entre outros. Seguida temos os sistemas de informação gerenciais. São sistemas muito ligados aos transacionais, pois com eles compartilham geral os mesmos dados, entretanto, apresenta a informação de maneira agregada para os gestores de nível intermediário, proporcionando relatórios a esses gerentes e alguns casos, acesso online para o desempenho atual e registros históricos. Normalmente referem-se a relatórios pré-definidos e pouco flexíveis. Essa divisão entre sistema de informação transacional e gerencial tem uma motivação histórica por conta da evolução da tecnologia que inicialmente estava voltada a automação das operações, para somente segundo momento passar a se ocupar com a geração dos relatórios para os gerentes. Entretanto, ainda é uma divisão conceitual interessante, porque representa os diferentes objetivos gerenciais atendidos. Temos na sequência uma classe interessante de sistemas, que são os sistemas de apoio aos executivos. Inicialmente foram pensados como conjunto de tecnologias para facilitar a análise de dados externos e internos pelos executivos. Mais linha com desenvolvimento de modelos de gestão estratégica por meio de indicadores, como os KPIs, ou Key Performance Indicators e os Balanced Score Cards, esse tipo de sistema evoluiu para ser o concentrador das informações necessárias para a elaboração e apresentação desses indicadores, que envolve além da síntese das informações internas advindas dos sistemas operacional e gerencial também a combinação de informações e indicadores externos. Finalmente, temos o tipo de sistema de informação que desde sua concepção evoluiu muito com a tecnologia, que são os sistemas de suporte e decisão, ou DSS, Decision Support Systems. Esses sistemas são concebidos para auxiliar os gerentes a tomarem decisões semi estruturadas e únicas, que não podem ser facilmente especificadas de antemão. Suas características são: grandes volumes de dados, agregados da maneira necessária ao problema, possui uma interface gráfica e flexível, uso de dados externos também, assim como nos Executive Information ma Systems e ferramentas para a realização de cálculos complexos e simulações a partir dos dados oferecidos pelo sistema. Essa tipologia é muito importante para se compreender como os sistemas de informação são estruturados para atender as necessidades das organizações. É claro, entretanto, que na prática das organizações os sistemas de informação tanto desenvolvidos internamente como adquiridos combinam essas diversas funcionalidades. Finalizamos essa aula por aqui. No próximo vídeo da sequencia, apresentaremos como esses diversos tipos se combinam e se apresentam nas ofertas comerciais e sistemas de informação na atualidade, os chamados sistemas de informação empresariais. Até a próxima. [MÚSICA]