[MÚSICA] As empresas sempre usaram tecnologias desde a chegada dos primeiros computadores no Brasil, por volta de 1958 passando pelos anos 70, onde as tecnologias eram predominantemente aplicadas nas fábricas com foco na automação de processos, na produção e no controle de materiais. Mas, ainda, dentro da empresa, do portão para dentro. Já nos anos 80, as tecnologias vão para as lojas, para os balcões, para os escritórios. Inicia-se, então, o uso de terminais de 'mainframes' nos escritórios, surgem as áreas de microinformáticas. Os anos 90 são marcados pelo surgimento da internet, pelos ERP´s, pelos sistemas integrados de produção, financeiro, RH e, ainda mais, estimulados pelo 'bug do milênio' no final desta década. Já nos anos 2000, surgem a mobilidade, a conectividade móvel e a rede de comunicação 3g. Os smartphones se popularizam e criam divisor de águas no mercado. A conexão 3g cresce e o uso de dados aumenta e vai muito além do uso de voz como era comum nos anos anteriores. E, finalmente, chegamos 2010 quando as pessoas passam a estar mais informatizadas do que as próprias empresas e a transformação digital entra, de fato, na agenda das empresas. Surge então novo comportamento digital e os clientes passam a exigir novas experiências de consumo. Enfim, foi contexto vivido por muitos de nós por muitos anos; foi importante e marcou caminho para chegarmos até aqui. Porém, o poder passa realmente para as mãos dos consumidores com o surgimento dos smartphones, principalmente, o Iphone da Apple, ali por volta do ano de 2007 e o Google Android 2008. Houve uma grande mudança na forma como as pessoas buscam informações e marcas. O cliente passou para o centro das estratégias empresariais, o cliente, realmente, passou a ser o rei nessa relação no lugar onde sempre deveria estar. As pessoas passaram a ser protagonistas na escolha de seus produtos e serviços, porque tinham acesso às ofertas de forma rápida e prática. E, também, começaram a influenciar outros consumidores função da experiência de compra que haviam tido dando assim, a ele, papel de destaque nessa relação com as empresas. Hoje, o ativo mais valioso para as empresas é a atenção legítima do seu cliente. Somos país que usa intensivamente a internet e as redes sociais. Segundo relatorio da 'Digital Twenty one', 75% da população do Brasil usa a internet versus 60% globalmente. Ficamos conectados à internet por mais de 10 horas por dia, aproximadamente 50% a mais do que a média mundial. Usamos as mídias sociais quase quatro horas por dia, aproximadamente 53% acima da média mundial. Além disso, 60% dos brasileiros recorrem às redes sociais quando procuram informações sobre produtos ou serviços; e isso também é 15 pontos percentuais acima da média global. 76% dos brasileiros adotam o e-commerce, compram algum produto ou serviço online no último mês versos 77% de uma média global. Estamos bem linha. Claro que temos desafios com relação a acessos e velocidade da internet no nosso país, mas estamos evoluindo rapidamente. Há grande potencial para o comércio eletrônico no Brasil. Imagine a demanda latente não atendida. Houve também grande aumento dos nômades digitais no Brasil que são aquelas gerações mais velhas que passaram a se familiarizar com a internet, perderam o medo de usar o digital. Surge então a economia da internet. Novos modelos de negócio e novas marcas são criadas que mudam a forma de se locomover, de se estudar, se relacionar, se comunicar, de consumir, enfim, de viver. O mundo parece estar evolução constante. Surgem as plataformas de negócios e as organizações exponenciais como o Google, Amazon, Apple e tantas outras que conhecemos. E o valor dessas empresas já ultrapassa e muito o valor de empresas tradicionais nos seus setores de atuação. Novo mundo 'figital' começa a ser criado, é mundo que o ambiente físico e digital se interagem para entregar uma melhor experiência para os clientes. Novos comportamentos de consumo são valorizados. O 'low touch' e o 'digital first' ganham cada vez mais importância nesse contexto. Entregar uma boa experiência digita, não mais só a física, ganha cada vez mais relevância. Alguém que nunca havia comprado pela internet e que experimentou e gostou da experiência de compra, no Ifood ou no Rappi, por exemplo, vai exigir que o seu banco tenha uma interface similar; fácil, objetiva, óbvia, sem atrito, etc. E isso faz com que as empresas tenham que dar mais valor às jornadas e as experiências dos seus clientes, e aprimorar os seus sites, seus apps e outros pontos de contatos com os seus clientes. E a geração dos nativos digitais reforçada pelo aumento desses nômades digitais acelera esse movimento. Como a sua empresa pode aproveitar essa tendência, esse novo comportamento de consumo? Estamos realmente tendo uma oportunidade de viver uma transformação. O mundo vuca, muvuca, bani... Vários termos já foram cunhados para tentar caracterizar esse momento que vivemos. Não importa muito o termo adotado, mas é tudo isso junto. O mundo está mais complexo e volátil; demanda propositos claros das empresas, principalmente; é incompreensível e não linear; os impactos são globais e amplos; estamos todos ansiosos; a ambiguidade, a incerteza e a fragilidade fazem parte do cotidiano. Estamos vivendo uma mudança tectônica sem precedentes na nossa história, alavancada por uma combinação de questões tecnológicas, ambientais e sociais. E acelerada ainda mais pela pandemia do Covid-19. Não adianta negar, tem que se preparar e mudar efetivamente e rapidamente. Enfim, qual a mudança que você e a sua empresa estão dispostas a fazer? [MÚSICA]