Bom, depois que você definiu tudo isso, chegou o dia do seu sprint, o primeiro dia. O primeiro dia é muito legal, porque todo mundo já vai querer começar a falar solução, mas esse não é o objetivo. O primeiro dia a gente tem que primeiro entender sobre o negócio, entender sobre o problema. É o que a gente fala de nivelar o conhecimento de todo mundo. Quais são as atividades que a gente faz no primeiro dia do sprint? A primeira atividade é o objetivo a longo prazo. Para o objetivo a longo prazo, a gente vai tentar botar um chapéu otimista e pensar assim: "Bom, o que que a gente vai querer no final desse sprint? Passou seis meses, passou ano, qual que é a nossa expectativa para esse projeto? O que que ele vai dar? Quais são os fatores de sucesso?". Então é escrever uma frase mesmo, que depois a gente pode mudar durante o sprint, mas seria legal que todo mundo estivesse alinhado e falassem assim: "Bom, a gente quer que a gente atinja...", ter uma métrica que seja mensurável para até a gente ver se o sprint foi sucesso ou não depois. Segundo ponto, depois de ter o chapéu otimista é colocar o chapéu pessimista. A gente não pode botar a mão nos olhos e pensar que o produto vai dar certo. Sempre tem alguns problemas no caminho e é agora a hora de você listar eles e pensar assim: "Bom, se a gente for lançar esse produto, quais são os possÃveis problemas que podem ocorrer durante esse processo?". Então é realmente fazer perguntas de forma fechada, que a gente possa responder com sim ou não, porque não adianta a gente fazer uma pergunta filosófica que a gente não iria conseguir responder, mas sim perguntas fechadas de sim ou não, pensando se o usuário vai conseguir utilizar o nosso protótipo, o nosso produto. Questões que sejam possÃveis medir durante o teste de usabilidade ou até durante o caminho, quando a gente fizer alguma pesquisa a gente vê que não, a gente vai ter que mudar alguma coisa. É ser realmente pessimista, é fazer o advogado do diabo. Depois que a gente fez essas perguntas do sprint e a gente foi pouco mais pessimista, chegou a hora de fazer mapa. Mapa nada mais é que a jornada do nosso usuário. Então, hoje, quando a gente estiver conversando com cliente, o que acontece hoje na jornada desse nosso usuário? Então, de lado do mapa, como vocês estão vendo aà na tela, a gente tem os atores, os usuários que vão participar desse fluxo e no final, do lado direito, a gente vai ter a ação final, então onde a gente quer chegar nessa jornada. Depois que a gente listou todos os usuários e o objetivo final, a gente vai criando ações e interligar elas. Então, o ator teve uma ação com o ator B, então a gente vai fazer traço e falar que aqui teve uma conexão. Isso vai ajudar a gente a entender o que acontece hoje e depois, mais para frente, onde a gente vai querer atacar. O sprint com uma semana a gente não vai conseguir fazer um milhão de coisas, é legal a gente ter foco. A gente tem desafio e a gente vai ter que ter um foco no mapa, onde a gente vai atacar e onde a gente vai testar. Não significa que durante, a gente não possa fazer depois um outro sprint e atacar outro ponto, mas como é uma semana é meio que impossÃvel fazer mais de um foco no mapa. Depois que a gente desenhou o mapa, a gente tem a sessão que chama Ask the Experts, fale com os especialistas. Então, a gente chama algumas pessoas do mercado ou algumas pessoas da empresa mesmo, que são de áreas diferentes, e a gente entrevista elas. A gente entrevista elas por que? Às vezes a gente não consegue chamar na sala todos juntos para participar. Como eu mencionei são sete pessoas, e para não ficar uma bagunça a gente faz um momento que a gente entrevista outras pessoas que também são importantes na empresa. E aà elas vão ver o mapa e vão ver se está fazendo sentido com o negócio atual deles. E outra coisa legal, durante a entrevista, a gente vai ter que fazer algumas anotações, e algumas anotações de uma forma um pouco diferente. Você pode escutar algumas vezes alguém falar sobre um problema, sobre um desafio, e você vai tentar transformar esse desafio ou problema numa oportunidade, uma metodologia que chama "How we could", que a gente traduz para o Português aqui na Taqtile para "como podemos", então um exemplo seria como podemos ajudar as pessoas a entender melhor o nosso negócio. Seria transformar realmente um programa que a pessoa não entende, o negócio dela, cem omo a gente pode ajudar ela a entender esse negócio. Depois da gente fazer essas anotações a gente vai ter uma lista de "como podemos", e esses "como podemos" vão ter que ser votados. Esses "como podemos" vão ser votados pela equipe do sprint, então a gente como eu mencionei antes também a gente tem aquelas bolinhas. É para isso que servem as bolinhas, é para você colocar nelas o que você acha mais importante para ser atacado durante esse sprint. Todo mundo vai colocar uma bolinha ali, só que quem tem a bolinha que vai valer mais é o decisor, ele é o cara que entende mais sobre o negócio, ele pode ser o CEO, ele pode ser o VP de uma área, então ele que vai falar assim "não, gente, todas essas bolinhas são legais mas essa daqui eu acho que é a mais importante, eu acho que a gente deveria nesse sprint seguir nesse caminho". A partir do momento que você votar em um post-it, os mais votados vão ser transferidos para o mapa, então vão ter vários post-its ali e a gente vai circular o que a gente vai fazer agora nesse sprint. Legal, agora que a gente já tem o foco, a gente tem que definir também quem vão ser nossos usuários. No mapa, a gente já definiu do lado esquerdo quem seriam eles, e a gente tem que ver o foco e ver: "Beleza, mas vamos detalhar um pouquinho melhor quem são essas pessoas que vão participar do teste de usabilidade?". Esse é o último dia, então a gente vai precisar correr atrás, uma semana é muito pouco tempo, então a gente precisaria correr atrás para chamar elas para participarem do teste de usabilidade. E como que a gente faz isso? É fazendo questionário e mandando na internet, ou buscando pessoas já que são próximas do cliente e ele vai recrutar, mas normalmente você vai ficar encarregado de recrutar essas pessoas para fazer o teste de usabilidade. Aqui na Taqtile a gente utiliza o método do Jakob Nielsen, que ele fala que mais que cinco pessoas ou seis pessoas já são o suficiente para fazer o teste, então a gente chama as seis pessoas. Mas por que? Porque a partir de seis pessoas, o Jakob Nielsen fala que você já tem o suficiente para identificar os padrões. A partir da sétima, oitava pessoa não é tão rico, então o ROI não compensa. O custo sobre você chamar uma pessoa, o tempo que está falando com ela, a bonificação, não vai compensar que você já descobriu a grande maioria dos problemas com as cinco, seis pessoas.