E aà pessoal, tudo bem? Hoje eu vou contar pouco para vocês de protótipo, mas antes de falar protótipo vamos pensar num problema. Provavelmente, vocês já devem ter tido, ou vocês já pensaram nisso, então vamos imaginar que vocês tiveram uma ideia de aplicativo, porém, vocês não sabiam se ele iria dar certo, vocês têm dúvidas, são apenas hipóteses. Bom, se não foi você que teve esse pensamento de um aplicativo, provavelmente amigo seu já teve e ele já compartilhou com você, e você ainda ficou "É uma oportunidade boa mesmo, mas será que funciona?", essas dúvidas. Bom, eu digo para vocês que o protótipo ele pode ajudar vocês com esse problema, mas o que seria o protótipo? O protótipo, de acordo com o que o Bill Moggridge diz, que é o co-fundador da IDEO que é uma empresa de design, ele fala que o protótipo é uma representação de design feita antes da solução existir. Então é praticamente como se a gente fosse para o futuro, imaginasse como seria a solução final, e enfim criasse uma representação atual para que a gente pudesse colher resultados dele agora e ver se a gente poderia mudar a ideia, ou fazer diferente e tudo mais. Mas por quê prototipar? Primeiro, porque a gente prototipa para concretizar. Então a gente torna real aquilo que a gente imagina. A gente tem a ideia, a gente imagina alguma coisa, a gente torna isso real, para a gente poder comunicar com o nosso usuário. Então a gente consegue passar para ele essa coisa real e colher feedbacks dele, colher impressões e resultados, e com isso a gente consegue refletir cima disso, então a gente consegue ver se a gente realmente atingiu todas as funcionalidades, se a gente atingiu todas as necessidades que ele tinha, e depois a gente pode tomar uma atitude e conseguir avaliar para ver qual seria a melhor atitude a ser tomada, se se mantém a ideia, se precisa trocar a ideia e tudo mais. Dentro desses motivos existem diversas formas de você fazer um protótipo. De entre eles, provavelmente se você já foi numa feira de automóveis ou assiste algum programa automobilÃstico, você vê que eles desenham os carros antes no papel, ou eles criam o protótipo fÃsico do carro, ou até, mais comum, se você está andando na rua e você vê lá aqueles prédios em construção, você já deve ter visto um "visite decorado", e nesses lugares obviamente você tem lá, você entra dentro do apartamento, você vê tudo decorado, tem a maquete do prédio como que seria, então tudo isso é uma maneira de protótipo. E existem outras formas de protótipo como, por exemplo, descrição verbal, você contar pouco da sua ideia para a pessoa, isso já é uma forma de protótipo porque ela já consegue te passar algumas impressões dela sobre isso. Existe também o Storyboard, que é quando, a Disney e a Pixar utilizam muito isso, essa forma de protótipo. Eles se reúnem numa sala, desenham os quadrinhos antes de construir o desenho animado final, e com isso eles conseguem ver se a história está consistente, se está tudo ali e tudo mais. Existe também a forma de Sketch, então, por exemplo, para o seu problema de aplicativo seria uma boa forma de fazer protótipo para uma solução, que é você desenhar a interface mesmo, aquilo que você imagina, e mostrar para o usuário e colher suas impressões. Existe também o modelo fÃsico, que é igual o que eu falei, o carro, tanto no automobilismo quanto na arquitetura, eles utilizam bastante. Não importa a forma que for, essas foram algumas das formas que existem, existem diversas outras formas de você fazer protótipo. Mas comum, todas elas tem esse negócio de você representar aquilo que seria realmente a solução final e colher algumas coisas com isso para ver se a ideia realmente funciona. Dentro dessas formas que existem de fazer protótipo, a gente categoriza eles fidelidade, então existem os protótipos de baixa, de média, e de alta fidelidade. Quanto maior a fidelidade, mais próximo do real ele é. E você deve estar pensando "então quer dizer que quanto mais próximo do real for é melhor, porque daà o usuário consegue ver, já está tudo funcionando". A gente aqui na Taqtile tem o costume de fazer protótipos de alta fidelidade, até porque pelas experiências a gente vê que os usuários tendem a reagir melhor quando veem que algo já está praticamente funcionando. Porém, depende muito, isso envolve pouco custo muito alto, que é custo de tempo, de dinheiro. Então depende daquilo que você está precisando testar, o foco do seu teste, você pode sim fazer protótipo de baixa fidelidade. Explicando pouco melhor o protótipo de baixa fidelidade, ele ataca mais a funcionalidade e a organização básica do aplicativo. Então como vocês podem ver aà na tela, tem desenho de aplicativo e vocês podem ver que é apenas rabisco mesmo. Então você não vai querer testar, por exemplo, se o usuário vê se o botão aqui é melhor que ali, você vai testar mais a funcionalidade, se o usuário entende o que que é aquela ideia, se o usuário entende por que aquilo serve, se ele consegue executar as tarefas naquilo, e vocês podem ver, por ser desenho mesmo ele ignora, por exemplo, desenhos gráficos, ele não tem uma programação, e também os dados não são reais. O próximo é o de média fidelidade. O média fidelidade ataca tudo aquilo que o de baixa fidelidade tem, que seria toda a parte de organização básica, essas coisas básicas de funcionalidade, porém, dessa vez a gente consegue testar layout. A gente consegue ver a disposição dos componentes na tela, a gente consegue ver se o botão ali embaixo fica melhor, se o usuário enxerga ali melhor, se aquela imagem ali, se a gente colocar uma imagem ali o usuário acha que fica bom. Como vocês podem ver no desenho, toda essa parte de interatividade, navegação e layout, a gente tudo consegue testar. E igualmente o protótipo de baixa fidelidade ignora elementos gráficos, por mais que ele tenha coisas rústicas de quadradinho simulando o botão, de texto, essas coisas, ele não tem cor, tipografia, nada, e também não tem programação, e não necessariamente precisa ter dados reais envolvidos. Pelo que tem na média e na baixa fidelidade, porém dessa vez a gente consegue testar design gráfico, então como vocês podem ver ele já tem tudo, já tem cor, já tem texto, já tem tipografia, já está num protótipo, então você consegue testar interações detalhadas, os dados são reais, e é muito engraçado que quando chega nesse protótipo de alta fidelidade, muitas pessoas acreditam que já é o produto final funcionando, e eles tem reações muito engraçadas como, por exemplo, quem acredita que tudo que está ali é verdade absoluta. Mas por ser protótipo e não ser a solução final, ele ainda não tem programação, por exemplo, back end, que é a programação lógica. Ele pode ter uma certa programação, mas aqui na Taqtile no nosso protótipo de alta fidelidade a gente não utiliza programação, a gente faz tudo ferramentas de design, a gente utiliza outras ferramentas de prototipação. Acho que a galera pode falar pouco mais nos outros vÃdeos para vocês. E também como existe custo envolvido, a gente não ataca todas as funcionalidades do aplicativo, a gente foca naquelas que são as mais relevantes, aquilo que a gente realmente quer testar e não tudo. Esse é exemplo que a gente já desenvolveu aqui na Taqtile, que foi protótipo de alta fidelidade, como vocês podem ver. Ele tem toda a interação, ele simula a página do google, o cara clica no link, ele cai num site protótipo, que é uma website, então ele consegue navegar, tem imagens, tem Ãcones, tem textos, tudo isso já simula realmente funcionando. Então por exemplo, nesse caso, que é um e-commerce, a gente testaria o usuário fazendo a compra de óculos. A gente testaria toda a reação dele, e é bem legal que ele fala "caramba, que caro, que barato" mas as informações não são reais e é bem engraçado a reação que eles têm cima disso. Concluindo, no geral o objetivo do protótipo é você realmente conseguir, igual o Bill Moggridge falou, você conseguir trazer do futuro e imaginar alguma coisa agora e criar uma representação disso, para que você consiga testar essa sua ideia e consiga ver se ela realmente poderia dar certo ou dar errado. Para aquele nosso problema inicial de você ter uma ideia de aplicativo, eu recomendo vocês a tentar fazer protótipo, porque essa ideia é bem bacana de você colher com os usuários quais são as impressões deles, e aà você pode tirar essa dúvida da cabeça e falar "a ideia é bacana, agora posso seguir para o desenvolvimento" ou "vamos mudar a ideia porque não deu nada certo". É isso que eu tinha para falar. Nos próximos vÃdeos a galera pode contar pouco mais para vocês de prototipação rápida, vão contar também como construir protótipo de alta fidelidade e vão apresentar para vocês umas ferramentas de prototipação para que vocês possam fazer umas brincadeiras depois.